Ficha Técnica

Coordenação

Sara Mira & Luís Azevedo Rodrigues

Textos

Lourenço Crispim & Luís Azevedo Rodrigues

Fotografia

Ricardo Nunes

Layout

Ricardo Nunes

Produção

Lourenço Crispim, Ricardo Nunes, Sara Mira & Luís Azevedo Rodrigues

Som

Fungo Azul

Foto edição

Henrique Almeida & Rodrigo Lopes

Edição

Centro Ciência Viva de Lagos

https://lagos.cienciaviva.pt/

Financiamento

No âmbito do projeto PaNReD - Património Natural transformado em Recursos Didáticos Digitais, co-financiado pelo Programa CRESC Algarve 2020, através do Portugal 2020 e do Fundo Social Europeu (FSE) – ALG-07-5267-FSE-000044

Classe: Arachnida (corpo dividido em 2 segmentos, 4 pares de patas e 2 pares de apêndices bucais).

Origem: Autóctone.

Quase todas as aranhas são predadoras (apenas é conhecida uma espécie que não o é).

As aranhas são artrópodes e têm na parte posterior do corpo, fiandeiras capazes de produzir teias (seda de aranha- substância proteica); as teias têm formas e utilizações diferentes (para caçar, para envolver as presas, para proteger os ovos).

A Subordem Mygalomorphae, inclui as aranhas que não constroem teias e são predadoras de emboscada (constroem tocas no solo onde esperam pelas suas presas), algumas constroem uma pequena teia junto à toca para aumentar a sua sensibilidade na deteção das presas, outras constroem uma porta (aranhas-alçapão).

As aranhas são de grande importância ecológica no controle de pragas agrícolas, por outro lado servem de alimento a outros predadores de topo.

A buraqueira-de-alçapão-duplo (Ummidia algarve), é uma espécie endémica da Península Ibérica, presente no Algarve.

Classe: Insecta.

Ordem: Orthoptera (ortho – direita e ptera- asa).

Em geral possuem a cabeça grande, patas traseiras maiores que os restantes pares e adaptadas ao salto.

Os gafanhotos encontram-se em zonas abertas, secas e quentes; a sua cor não deve ser utilizada na identificação, uma vez que varia bastante, dependendo do local onde vivem.

Conseguem mimetizar o habitat em que se encontram e deste modo passam despercebidos (uma camuflagem contra os predadores).

Os gafanhotos apresentam metamorfoses incompletas (não passam pela fase de pupa), as fases que antecedem o estado adulto designam-se por ninfas.

Divisão: Briófita.

Pertencentes à Divisão Briófita (plantas terrestres não vasculares), são consideradas as primeiras plantas que colonizaram o ambiente terrestre (pensa-se que tenham surgido há 400 milhões de anos).

Os musgos (como são conhecidos) são plantas primitivas, apresentam características e adaptações entre o meio aquático e o meio terrestre. Não produzem flores, nem frutos e reproduzem-se por esporos. São espécies pioneiras no fenómeno de sucessão (os primeiros a colonizarem novos ambientes).

Desempenham um papel fundamental nos ecossistemas, na formação, estabilização e recuperação do solo, na retenção de água (têm a capacidade de reter e absorver a humidade atmosférica que é muito importantes em locais onde existe escassez de água), na reciclagem de nutrientes, na produção de biomassa, na fixação de dióxido de carbono, na criação de nichos ecológicos específicos (microfauna). Funcionam como indicadores da qualidade ambiental. A Classe: Bryopsida engloba cerca de 95% de todos os musgos.

Família: Aeshnidae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: abril a outubro.

Pertence à Ordem Odonata (odous- dentes e gnatha – maxila, os adultos possuem “dentes” fortes nas mandíbulas).

Esta espécie é a maior da Europa.

O nome comum “tira-olhos” está relacionado com o seu comportamento predador (alimenta-se de mosquitos e outros insetos).

Esta espécie é utilizada como bioindicador da qualidade da água, porque é sensível à poluição aquática.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a maio.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

Geralmente cresce em habitats húmidos e sombrios.

O nome científico Bellis tem origem no latim e significa bonito.

Família: Bignoniaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: abril a setembro.

Espécie nativa da África do Sul (a sua origem gera controvérsia entre os botânicos; os locais onde esta espécie é encontrada têm ligações à antiga rota de comércio de escravos e desde há muito é utilizada como ornamental, o que dificulta perceber qual a sua verdadeira origem).

Planta escandente (trepadora). As suas flores atraem Abelhas-carpinteiras (Xylocopa sp).

Na África do Sul é considerada como espécie Vulnerável (Vu) de acordo com o IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).

O nome genérico “Podranea” é um anagrama de Pandora, um género de plantas australianas onde foi inicialmente incluída.

Família: Fabaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Endémica da Península Ibérica.

Arbusto muito espinhoso.

Os caules e folhas estão cobertos de pequenos pelos (adaptação à seca).

Flores amarelas vistosas, dispostas em inflorescências terminais designadas por racemos.

Família: Geraniaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a julho.

Espécie ruderal e nitrófila (vive em ambientes ricos em compostos nitrogenados).

Utilizada em saladas e para fins medicinais.

O fruto é um esquizocarpo (fruto seco que resulta da fusão de 2 ou mais carpelos que na maturidade se separa nos seus elementos constituintes- mericarpos), as suas partes são sensíveis à humidade, quando as sementes amadurecem, as partes secam e provocam uma tensão que permite catapultar as sementes a alguma distância (adaptação à dispersão das sementes).

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: maio a julho.

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

Espécie colonizadora de locais pedregosos.

Possui glândulas nas folhas que libertam óleos essenciais, um mecanismo de defesa contra predadores e parasitas.

Planta aromática e medicinal com elevado conteúdo em fenóis, utilizada também em culinária, perfumaria e na conservação de alimentos. Importante planta melífera.

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Preferência por solos calcários.

As suas folhas e caules estão cobertos por inúmeros pelos (que evitam a perda de água – adaptação ao calor e seca).

As suas folhas contêm saponina e eram utilizadas antigamente para lavar tachos e panelas (desengordurante natural).

Família: Meloidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Pertence à Ordem Coleoptera (com asas protetoras), possuem 2 pares de asas, as asas anteriores são endurecidas e servem para proteger o abdómen.

Uma das características desta Família é possuírem antenas em forma de rosário.

Os adultos alimentam-se de folhas de diversas plantas. As larvas alimentam-se de larvas de abelhas solitárias.

Esta espécie possui um químico tóxico: cantaridina, que os protege dos predadores; em contacto com a pele pode causar inchaço e irritação.

Família: Tipulidae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: primavera-verão.

Pertence à Ordem Diptera que inclui as moscas e mosquitos (o nome “díptera”, deriva do grego e significa di – duas e ptera- asas), ao contrário da maior parte dos insetos este grupo possui apenas 1 par de asas de voo, o outro par são asas modificadas designadas por balancetes (ajudam no controlo e equilíbrio do voo).

A Família Tipulidae caracteriza-se pela venação das asas e ausência de ocelos (olhos simples), é considerada uma das famílias mais primitivas da Ordem Diptera.

Em geral estão associadas a locais húmidos, mas podem ocupar uma grande variedade de habitats.

Algumas espécies podem ser bastante abundantes localmente e constituir uma importante fonte de alimento para uma grande variedade de animais.

Família: Tropaeolaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: fevereiro a setembro.

Nativa da América do Sul. Espécie classificada como invasora em Portugal desde 2019.

Planta rastejante ou trepadeira. É considerada uma espécie pioneira em solos perturbados e possui uma elevada taxa reprodutiva (quer através de fragmentos da própria planta ou pela produção de numerosas sementes).

As flores, folhas, frutos e sementes são comestíveis e utilizadas em saladas, apresentam um sabor ligeiramente picante semelhante ao agrião.

Apresenta compostos bioativos (metabolitos secundários que ocorrem em pequenas quantidades nas plantas, que atuam no seu sistema de defesa e que, quando consumidos contribuem para o bem-estar humano).

Família: Accipitridae.

Fenologia: Nidificante estival.

Período favorável à observação: março a setembro.

Esta espécie nidifica no topo de árvores altas (pinheiros, sobreiros).

Alimenta-se sobretudo em locais abertos, com áreas secas rochosas, terrenos incultos, ou associada a zonas húmidas. As suas principais presas são répteis, nomeadamente cobras.

É uma rapina relativamente grande e clara nas partes inferiores. É uma espécie migradora que chega ao território português em março/abril e parte em setembro/outubro para a África subsaariana, onde passa o inverno.

Em Portugal possui o Estatuto de Quase Ameaçada (NT).

Família: Alismataceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a outubro.

Hidrófito (planta aquática).

A dispersão das suas sementes é feita pela água ou por aves aquáticas.

Esta espécie está naturalizada em algumas partes do mundo (Austrália, Nova Zelândia, EUA); é considerada uma erva daninha nas plantações do arroz.

Espécie muito semelhante a A. plantago-aquatica, esta última com folhas ligeiramente mais largas.

Família: Amaranthaceae.

Origem: autóctone.

Período de floração: maio a dezembro.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Planta arvense e ruderal, cresce em solos perturbados. As folhas possuem uma camada brilhante, formada por cristais microscópicos que repelem água.

Espécie muito aparentada com a quinoa (C. quinoa).

Possui propriedades medicinais. As folhas podem ser utilizadas cruas em saladas e são ricas em vitaminas e minerais.

Família: Amaranthaceae.

Origem: autóctone.

Período de floração: maio a dezembro.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Planta arvense e ruderal, cresce em solos perturbados. As folhas possuem uma camada brilhante, formada por cristais microscópicos que repelem água.

Espécie muito aparentada com a quinoa (C. quinoa).

Possui propriedades medicinais. As folhas podem ser utilizadas cruas em saladas e são ricas em vitaminas e minerais.

Família: Anacardiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a maio.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

O género Pistacia é considerado um género antigo que evoluiu pouco (existem plantas muito semelhantes desde o Oligocénio- cerca de 30 Ma).

Espécie dióica (flores femininas e flores masculinas em indivíduos separados), decídua (as folhas caem na estação desfavorável) com polinização entomófila (por insetos, geralmente abelhas e borboletas).

A planta produz uma resina designada por terebintina utilizada na produção de vernizes e na medicina.

As suas folhas possuem estruturas especiais semelhantes a brânquias, que servem como proteção contra os pulgões, que aí colocam os seus ovos, evitando assim que toda a planta fique infetada.

Família: Anacardiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a maio.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas ou herbácea, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Arbusto perene, mas em alguns casos pode atingir a dimensão de árvore.

Esta espécie é promotora de biodiversidade, os seus troncos fornecem abrigo para muitos animais e as suas bagas alimento.

Os seus troncos libertam uma resina aromática- mástique que é utilizada como cimento dentário, em cosmética (perfumes, cremes, aromoterapia) e como aromatizante na culinária. Esta resina foi utilizada, desde a Grécia antiga, para mastigar para fortalecimento das gengivas e como refrescante oral.

Família: Apiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a julho.

Esta subespécie é endémica da Península Ibérica.

O nome científico “Ferula” significa planta com o caule direto, referindo-se à haste floral, que pode atingir os 3 metros de altura. As flores muito pequenas, agrupam-se numa inflorescência designada por umbela.

A ingestão continuada desta planta por parte de animais, nomeadamente do gado ovino, pode provocar hemorragias internas e consequentemente a morte (presença de substâncias que interferem na coagulação do sangue).

Esta espécie apresenta alguns compostos bioativos utilizados na farmacologia.

Família: Apiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

Espécie imponente devido ao tamanho da sua haste floral.

Das suas partes aéreas é produzido um óleo essencial que tem propriedades antifúngicas.

É tóxica para o gado.

Família: Apiaceae.

Origem: Exótica.

Floração: abril a setembro.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

É uma espécie que atrai insetos benéficos (predadores de pragas).

Todas as partes da planta são comestíveis e é considerada uma das plantas medicinais mais antigas do mundo e muito rica em nutrientes essenciais.

É também utilizada como condimento, cosmética e no fabrico de bebidas alcoólicas (licores e absinto).

Antigamente era utilizada para preservar os alimentos (cozinhados ou frescos) e das suas folhas e flores obtinha-se um corante amarelado utilizado na cosmética, em têxteis ou como corante alimentar.

Família: Apidae

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Pertence à Ordem Hymenoptera (palavra que deriva do Grego “hymen”- membranosa “ptera” asa).

A abelha-do-mel é um inseto social (relação biótica intraespecífica de mutualismo – sociedade).

O seu exoesqueleto está revestido de pelos, que são importantes na fixação dos grãos de pólen, quando visitam as flores.

As abelhas-do-mel desempenham um papel ecológico muito importante, como agentes polinizadores e a nível económico (produção de mel, cera, geleia real, própolis).

Família: Apocynaceae.

Origem: Autóctone (Região Mediterrânica e Médio Oriente).

Floração: abril a setembro.

Arbusto perenifólio. Normalmente associada a cursos de água e galerias ripícolas.

Muito utilizada como ornamental.

A sua polinização é feita por insetos. As suas flores podem apresentar diferentes colorações que vão do rosa ao branco.

Cada fruto possui cerca de 180 sementes, estas possuem um penacho de pelos. A dispersão das suas sementes é feita pela água.

É uma planta muito tóxica (humanos e herbívoros domésticos).

Família: Araceae.

Origem: Autóctone.

Periodo de floração: fevereiro a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

As folhas em forma de seta surgem no outono, as flores são pequenas e agrupam-se numa inflorescência - espádice, com flores femininas na base e masculinas na parte superior.

A espádice liberta um odor desagradável que atrai insetos, principalmente moscas fêmeas.

Para evitar a autopolinização a planta desenvolveu adaptações, uma espécie de armadilha que aprisiona os insetos durante a noite e flores masculinas que libertam o pólen de manhã; quando os insetos saem da armadilha carregam o pólen para outras plantas, evitando assim a autopolinização.

Família: Araliaceae.

Origem: autóctone.

Período de floração: setembro a outubro.

Planta escandente (trepadora). Em Portugal ocorrem 3 espécies, de difícil identificação: H. helix helix, H. hibernica e H. madeirensis iberica, as duas últimas presentes no Sul de Portugal.

Monóica (flores masculinas e femininas no mesmo indivíduo), flores hermafroditas (com órgãos masculinos e femininos).

As folhas dos ramos trepadores estéreis são cordiformes ou palmadas, as dos ramos férteis são inteiras elíptico-ovadas.

Espécie muito utilizada como ornamental para revestimento e isolamento das paredes, não provoca danos nas estruturas.

As suas folhas possuem saponina, compostos que possuem propriedades espasmolíticas e efeito anti-bacteriano.

Família: Arecaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a abril.

Hidrófito (planta aquática).

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

É a única espécie de palmeira nativa de Portugal e da Europa.

Os frutos (tâmaras) são ricos em taninos e possuem propriedades adstringentes.

É uma espécie resistente ao fogo e indiferente edáfica, tem um papel importante na fixação de terrenos e no combate à erosão.

As folhas são utilizadas pelas suas fibras para a produção de cestos, chapéus, vassouras.

Existem algumas variedades com porte arbóreo que podem atingir os 10 metros de altura. É utilizada como ornamental.

Família: Aristolochiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: novembro a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas com gemas de renovo a mais de 25 cm do solo).

Trepadeira. As suas flores são em forma de saxofone, de cor castanho-púrpura.

As espécies desta família atraem os seus polinizadores (moscas) exalando um forte odor das suas flores; as moscas entram dentro do tubo e ficam presas durante a noite, devido as pelos que existem no interior, apenas se conseguem libertar na manhã seguinte quando os pelos estão “murchos”, agora, carregadas de pólen.

Esta espécie pode ser encontrada apenas na Península Ibérica e Norte de África.

Família: Asparagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a setembro.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas com gemas de renovo a mais de 25 cm do solo). Ginodióico (indivíduos apenas com flores femininas e outros com flores hermafroditas) ou dióico (os 2 sexos estão em indivíduos separados).

Caules lenhosos com pequenos espinhos (cladódios – folhas transformadas) - adaptação à seca, evita a perda de água.

Os rebentos jovens são subterrâneos e moles – turiões, são designados por espargos selvagens e utilizados na gastronomia local, apesar do seu sabor ligeiramente amargo.

O nome latim “Asparagus” significa rebento. Em Portugal existem 3 espécies que se identificam de acordo com o tamanho e disposição dos cladódios.

Família: Asparagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Espécie com grande variedade morfológica nas suas folhas, flores e inflorescências (disposição das flores na planta).

A sua inflorescência é um corimbo (inflorescência racemosa- o eixo principal termina numa flor; as flores crescem em eixos com comprimentos diferentes (os inferiores são mais compridos) e situam-se mais ou menos no mesmo nível).

As tépalas (peça floral que forma o perianto que não está diferenciada em pétala ou sépala) apresentam uma banda verde na parte exterior, característica da espécie.

Família: Asparagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a novembro.

Pequeno arbusto dioico (flores femininas e masculinas em indivíduos separados).

Polinizada pricilpalmente por abelhas.

O nome científico Asparagus deriva do grego antigo e significa plantas peculiares com folhas em forma de agulha, referindo-se aos pequenos espinhos (cladódios).

Os rebentos jovens são comestíveis (espargos selvagens).

Família: Asparagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: julho a setembro.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas com gemas de renovo a mais de 25 cm do solo).

Caules lenhosos com pequenos espinhos (cladódios – folhas transformadas) - adaptação à seca, evita a perda de água.

As flores são pequenas e brancas hermafroditas e nascem antes dos cladódios.

Os rebentos jovens são subterrâneos e moles – turiões, são designados por espargos selvagens e utilizados na gastronomia local, apesar do seu sabor ligeiramente amargo.

O nome latim “Asparagus” significa rebento.

Em Portugal existem 3 espécies que se identificam de acordo com o tamanho e disposição dos cladódios.

Família: Asparagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Esta planta forma um bolbo (órgão subterrâneo) que fornece à nova planta os nutrientes necessários na fase inicial da sua vida e permite que esta se desenvolva e complete o seu ciclo de vida no princípio da primavera antes da grande parte das outras flores evitando assim a competição por espaço e luz.

As flores do topo (mais coloridas) são estéreis.

O nome genérico “Muscari” refere-se ao seu aroma semelhante ao almíscar (perfume animal).

Família: Asparagaceae.

Origem: Endémica.

Floração: fevereiro a abril.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Cresce em locais secos, pedregosos e calcários.

As folhas são basais longas e estreitas, a inflorescência é em cacho com pequenas flores azuis.

O género “Bellevalia” possui cerca de 50 espécies todas distribuídas pela região Mediterrânica.

Esta espécie é endémica de Portugal (Algarve e Baixo Alentejo).

Espécie protegida e listada no Anexo IV da Diretiva Habitats (apesar de não se encontrar ameaçada).

Família: Asparagaceae.

Origem: Endémica.

Floração: fevereiro a abril.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Esta espécie ocorre apenas em Portugal Continental, maioritariamente na costa sudoeste.

É protegida pelo Anexo II da Diretiva Habitats e Anexo IV da Diretiva Habitats. Facilmente confundida com Jacinto-dos-campos (H. hispanica).

Família: Asparagaceae.

Origem: Exótica.

Período de Floração: Depende da espécie.

Os Agaves são plantas originárias do continente Americano, principalmente do México.

Existem cerca de 200 espécies, algumas delas utilizadas como ornamentais em muitas partes do mundo.

Os Agaves devido às suas características morfológicas e fisiológicas, têm a capacidade de crescer em condições extremas.

Possuem adaptações para reduzir a fotorrespiração, mantendo os estomas fechados durante o dia e abertos apenas à noite (ao contrário da maioria das plantas).

A Piteira (Agave americana) é considerada uma espécie invasora em Portugal e na bacia do Mediterrâneo.

Floresce uma única vez, entre os 20 e os 30 anos de idade e em seguida morre.

Reproduz-se por via vegetativa, formando novas plantas a partir dos rizomas e por via seminal (sementes).

Família: Asparagaceae.

Origem: exótica.

Período de Floração: junho a agosto.

Originária do México e Oeste dos EUA, é considerada uma espécie invasora em Portugal e na bacia do Mediterrâneo.

Floresce uma única vez, entre os 20 e os 30 anos de idade, em seguida morre. Reproduz-se por via vegetativa, formando novas plantas a partir dos rizomas e por via seminal (sementes).

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

Resistente à seca e tolerante à geada. Existem diferentes variedades, com folhas matizadas de branco e amarelo. Introduzida como ornamental.

Família: Asparagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a junho.

Espécie com elevada plasticidade ecológica, mas com preferência por locais ensombrados e frescos.

As suas folhas são vestigiais, o que aparentemente se assemelham a folhas são na realidade cladódios (ramos espalmados e rígidos); constitui uma adaptação ao calor.

As flores muito pequenas crescem no meio dos cladódios. O fruto é uma baga vermelha muito vistosa. A planta é utilizada para decoração na época natalícia.

Esta espécie está listada no anexo V da Diretiva Habitats.

Família: Asparagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Espécie com morfologia muito variada. Utilizada como ornamental.

Apesar do nome comum “Perú” e específico “peruviana” esta planta é nativa do Sudoeste do Mediterrâneo, pensa-se que o nome terá sido atribuído por Lineu referindo-se ao barco em que terá sido transportada e não à sua origem.

As suas folhas tenras são apreciadas por lesmas e caracóis, a sua flor atrai insetos benéficos e abelhas.

Família: Asphodelaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: março a abril.

O nome genérico “Aloe” deriva tanto do Árabe (Alloeh) como do Grego (Alóe) e significa “substância amarga e brilhante”.

Não se sabe ao certo de onde é originária, uma vez que esta espécie é amplamente cultivada há milhares de anos, provavelmente na Península Arábica ou Norte de África.

A principal característica é a substância gelatinosa que liberta quando cortada.

Utilizada como ornamental e com diversas propriedades terapêuticas.

Era utilizada pelos Egípcios quer como cosmético quer na embalsamação dos corpos.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Período de Floração: fevereiro a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

A Família Asteraceae é uma das maiores famílias de plantas com flor; caracteriza-se por apresentar inflorescências em capítulo.

Esta espécie cresce em qualquer tipo de solo, é uma espécie ruderal e tem preferência por solos ricos em azoto.

Apresenta numerosos espinhos no caule e folhas e pequenos pelos esbranquiçados, uma adaptação à perda de água o que lhe permite crescer em locais secos.

O nome científico “Galactites” significa leite e refere-se às manchas brancas presentes nas folhas.

Os caules e folhas jovens, desta espécie, são consumidos em saladas.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Período de Floração: fevereiro a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

A Família Asteraceae é uma das maiores famílias de plantas com flor; caracteriza-se por apresentar inflorescências em capítulo.

Esta espécie cresce em qualquer tipo de solo, é uma espécie ruderal e tem preferência por solos ricos em azoto.

Apresenta numerosos espinhos no caule e folhas e pequenos pelos esbranquiçados, uma adaptação à perda de água o que lhe permite crescer em locais secos.

O nome científico “Galactites” significa leite e refere-se às manchas brancas presentes nas folhas.

Os caules e folhas jovens, desta espécie, são consumidos em saladas.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a julho.

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

O nome do género “Helichrysum” deriva da junção de duas palavras gregas e significa sol e ouro, alusão às suas flores amarelas.

Esta espécie é também conhecida como erva-do-caril devido ao intenso aroma que liberta, que consiste numa adaptação à seca (evita a perda de água).

Muito semelhante a H. italicum (mas este último cresce em terrenos arenosos junto à costa).

As flores são secas e utilizadas como ornamentais.

Espécie utilizada na medicina tradicional.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a julho.

Os frutos (aquénios) são designados por cipselas (originam-se de um ovário ínfero) e possuem um tufo de pelos – papilho, que consiste numa modificação do cálice (conjunto das sépalas), que se torna muito ramificado; uma adaptação que permite a dispersão dos frutos pelo vento (caso sejam leves) ou a sua fixação ao pelo de certos animais (caso sejam rígidos e em forma de gancho).

Espécie aromática e medicinal, possui enzimas que são utilizadas no tratamento da doença de Alzheimer e como antídoto para os venenos de certas plantas.

A própria planta também é tóxica e utilizada no fabrico de inseticidas e de armas químicas.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: maio a julho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

Pressupõe-se que esta espécie terá dado origem à alcachofra-cultivada, da qual difere por apresentar maior tamanho e brácteas arredondadas sem espinhos.

As folhas jovens e talos têm propriedades terapêuticas. Das flores secas desta espécie obtêm-se enzimas (anticoagulantes) utilizadas no fabrico de alguns queijos tradicionais portugueses.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a julho.

Espécie ruderal (cresce em ambientes fortemente perturbados pela ação humana) e generalista.

A “flor” é na realidade uma inflorescência (conjunto de flores) em capítulo, as flores do centro são hermafroditas e as flores marginais são liguladas (fusão das pétalas que forma uma estrutura em forma de língua), podem ser femininas ou estéreis.

Recentemente, devido à sua abundância esta espécie tem sido alvo de estudos para aplicação a nível da medicina e cosmética.

As espécies da Família Asteraceae em geral, são ricas em compostos bioativos (antioxidantes).

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a julho.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

Esta espécie apresenta inflorescências em capítulo, com flores amarelo alaranjada rodeadas de brácteas espinhosas.

Planta adaptada a locais secos, com presença de pilosidades que evitam a perda de água.

Espécie utilizada na medicina tradicional como anti-inflamatória.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Período de floração: julho a outubro.

Espécie ruderal, colonizadora de áreas perturbadas.

Espécie muito importante para as abelhas no Sul de Portugal (floresce no final do verão quando existem poucos recursos disponíveis).

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: março a junho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

O nome científico “Leontodon” deriva do grego e significa leão e dente, em referência às suas folhas fortemente dentadas.

Os frutos são cipselas mais ou menos cilíndricas com papilho (tufo de pelos que coroa a semente).

Esta espécie foi introduzida e naturalizada em algumas partes do mundo (Nova Zelândia e EUA) onde é considerada erva-daninha.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

As suas flores atraem muitos insetos e facilitam a polinização cruzada.

O caule e as folhas estão cobertos de numerosos pelos, que facilitam a captura da humidade do ar.

A inflorescência é grande e vistosa, em capítulo, característica da Família Asteraceae. Ao redor do capítulo encontram-se as brácteas – folhas modificadas que protegem a flor e que a cobre enquanto está fechada.

O género Centaurea inclui mais de 250 espécies.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

As suas flores atraem muitos insetos e facilitam a polinização cruzada.

O caule e as folhas estão cobertos de numerosos pelos, que facilitam a captura da humidade do ar.

O género Centaurea inclui mais de 250 espécies.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a maio.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

Ocorre em locais muito secos, em solos calcários e pedregosos.

Erva rasteira de pequeno porte. As suas folhas estão cobertas por pelos emaranhados que se assemelham a lã.

Esta espécie tem o estatuto de Vulnerável (Vu) na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental. Em Portugal são apenas conhecidos 7 locais onde esta espécie existe.

As maiores ameaças são a extensão e intensificação agrícola e a expansão urbana.

Família: Asteraceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a maio.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

Ocorre em locais muito secos, em solos calcários e pedregosos.

Erva rasteira de pequeno porte. As suas folhas estão cobertas por pelos emaranhados que se assemelham a lã.

Esta espécie tem o estatuto de Vulnerável (Vu) na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental. Em Portugal são apenas conhecidos 7 locais onde esta espécie existe.

As maiores ameaças são a extensão e intensificação agrícola e a expansão urbana.

Família: Bataguridae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

É uma espécie residente.

Expõem-se ao sol para se aquecerem com o pescoço e membros esticados (para aumentar a superfície corporal exposta).

Quando se sente ameaçada expele pela cloaca um líquido com odor desagradável.

Pode viver cerca de 35 anos. Em condições extremas hiberna nos períodos mais frios e apresenta períodos de estivação na estação mais quente e seca.

O nome “leprosa” está relacionado com a carapaça que descama nos indivíduos adultos conferindo um aspeto irregular.

Família: Bibionidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

A Ordem Diptera inclui as moscas e mosquitos (o nome Diptera, deriva do grego e significa di – duas e ptera- asas), ao contrário da maior parte dos insetos este grupo possui apenas 1 par de asas de voo, o outro par são asas modificadas designadas por balancetes (ajudam no controlo e equilíbrio do voo).

Nesta Família encontramos moscas geralmente de cor preta e de pequenas dimensões (4,5 a 7 mm).

Os machos são sempre holópticos (os olhos são contíguos na frente, isto é, tocam-se um no outro), nas fêmeas os olhos estão separados.

Os adultos alimentam-se de néctar de flores e as larvas alimentam-se de material vegetal em decomposição.

Família: Bignoniaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: abril a julho.

Nativa da América do Sul (Argentina, Bolívia e Sul do Brasil).

No seu habitat natural esta espécie é perene (não perde as folhas), em Portugal perde as folhas no inverno, como adaptação ao frio e à disponibilidade de luz.

As suas folhas são compostas (o limbo está dividido em pequenas porções-folíolos). As flores de cor lilás surgem na primavera antes das folhas.

Espécie muito utilizada como ornamental.

Família: Boraginaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

Ruderal e indiferente edáfica (cresce em todo o tipo de solos).

Esta espécie produz néctar para atrair os insetos, responsáveis pela polinização, principalmente abelhas, sendo por isso considerada uma espécie melífera.

As suas folhas e caules estão cobertas por pequenos pelos que podem causar irritação na pele em alguns animais e nos humanos.

As suas sementes produzem óleos utilizados na indústria cosmética.

É considerada uma peste na Austrália e em alguns países africanos.

Família: Boraginaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Espécie cultivada e naturalizada em quase toda a Europa.

Espécie utilizada na agricultura biológica para atrair insetos importantes para o controlo de pragas.

É utilizada como planta medicinal desde os tempos antigos e na gastronomia em algumas regiões.

As sementes contêm um óleo rico em ácido gama-linoleico utilizado em cosmético (previne o envelhecimento da pele).

Família: Boraginaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Espécie cultivada e naturalizada em quase toda a Europa.

Espécie utilizada na agricultura biológica para atrair insetos importantes para o controlo de pragas.

É utilizada como planta medicinal desde os tempos antigos e na gastronomia em algumas regiões.

As sementes contêm um óleo rico em ácido gama-linoleico utilizado em cosmético (previne o envelhecimento da pele).

Família: Boraginaceae.

Origem: Endémica da Península Ibérica.

Floração: janeiro a abril.

Caméfito (planta essencialmente lenhosa de pequeno porte, em que as gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

As folhas são cerosas e cobertas de pequenos pelos para evitar a perda de água por transpiração e para atrair insetos.

Família: Cactaceae.

Origem: Exótica/Invasora.

Período de floração: maio a junho.

Esta espécie é nativa do México. Foi introduzida em muitas partes do mundo, desde há muito, incluindo a região Mediterrânica onde está naturalizada e é considerada como planta invasora.

Produz um elevado número de sementes e reproduz-se vegetativamente por fragmentos do caule.

Pode formar povoamentos densos que impedem o crescimento das plantas nativas e a presença de animais.

Ultimamente tem sido amplamente cultivada, pois os seus frutos e caules, têm inúmeras aplicações, incluindo a medicina tradicional, fabrico de medicamentos e cosméticos, produtos alimentares e bebidas.

Família: Caprifoliaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Planta escandente (trepadora). É uma espécie muito aromática, produz muito néctar e atrai muitos insetos polinizadores, principalmente esfingídeos (grupo de borboletas noturnas).

Apresenta grande variação ao nível das folhas (forma e posição). As suas bagas (frutos) são muito apreciadas pelas aves.

É uma das plantas hospedeiras da borboleta Fritilária-dos-lameiros (Euphydryas aurinia), uma espécie protegida pela Diretiva Habitats (Anexo II) e também está listada no Anexo II da Convenção de Berna.

Família: Caprifoliaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Planta escandente (trepadora). É uma espécie muito aromática, produz muito néctar e atrai muitos insetos polinizadores, principalmente esfingídeos (grupo de borboletas noturnas).

Apresenta grande variação ao nível das folhas (forma e posição). As suas bagas (frutos) são muito apreciadas pelas aves.

Família: Caprifoliaceae.

Origem: Exótica.

Floração: janeiro a abril.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

O fruto é uma drupa globosa, de cor azul metálica quando madura, não comestível e tóxica para os humanos.

O nome específico “tinus” significa louro silvestre, designação dada pela semelhança das suas folhas com as do loureiro.

Apresenta preferência por locais húmidos e sombrios.

Espécie com propriedades medicinais e amplamente utilizada como ornamental.

Em alguns locais do país, nomeadamente na região do Minho, a espécie está naturalizada, mas não é originária desta região (provavelmente expandiu-se a partir de exemplares cultivados).

Família: Caryophyllaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

Espécie hermafrodita (flores com órgãos masculinos e femininos) e polinizada por insetos; apresenta um crescimento prostrado e forma um pequeno tapete.

Esta espécie tem sido estudada pelos seus compostos como biocontrolo (controlo de patógenos de plantas).

Planta aromática e medicinal (diurética e adstringente), as suas flores são utilizadas em chá.

Família: Caryophyllaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a junho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

Espécie com grande variabilidade ao nível do tamanho e das flores. O fruto é uma cápsula – fruto seco deiscente (que se abre espontaneamente na maturação), proveniente da fusão de 2 ou mais carpelos e com muitas sementes – polispérmico).

As suas flores ficam abertas à noite e nessa altura libertam um ligeiro perfume que atrai polinizadores noturnos, como é o caso das borboletas noturnas.

As raízes são ricas em saponina, um composto utilizado há muito tempo como sabão para a roupa.

Família: Cercopidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

A Família Cercopidae é composta por espécies sugadoras da seiva do xilema.

Surgiram no Cretácico Médio.

As ninfas (estágios de desenvolvimento) são sésseis, produzem a saliva e desenvolvem-se no interior desta. Pensa-se que a saliva tenha função de proteção contra predadores e evite a dessecação.

Os adultos, não produzem saliva, são de vida livre. Muitas espécies desta Família são consideradas pragas de gramíneas.

Família: Chasmatopteridae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Este inseto pertence à Ordem Coleóptera (asas protetoras), a ordem com maior número de espécies, cerca de 40% de todos os insetos.

Caracterizam-se, entre outras, pelo facto de possuírem asas anteriores modificadas em estruturas rígidas na região dorsal e que cobrem todo o abdómen – élitros.

Esta característica permitiu que os coleópteros ocupassem os mais variados habitats.

Apresenta um desenvolvimento completo (Ovo-larva-pupa-adulto). Os adultos são florícolas, é possível encontrá-los nas flores de algumas Asteraceas.

Família: Cistaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a junho.

O nome científico crispus refere-se às folhas que possuem as margens onduladas.

Possui pequenos pelos nas folhas para evitar a perda de água, uma adaptação ao clima Mediterrânico.

Ecologicamente é importante na prevenção da erosão do solo e as suas flores atraem muitos insetos.

Família: Cistaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

O género Cistus é nativo da Região Mediterrânea, pensa-se que tenha origem numa palavra grega, que significa “cesta”, uma alusão à forma dos seus frutos, o nome específico “albidus”, significa branco e refere-se aos seus caules e folhas cobertos de pequenos pelos esbranquiçados que lhes confere uma tonalidade clara.

Todas as espécies de Cistus, segregam óleos essenciais, a sua função é essencialmente de defesa (contra insetos e agentes patogénicos) e proteção contra as condições ambientais extremas (stress hídrico e radiação elevada).

Família: Cistaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Cresce de preferência em solos pobres, rochosos ou arenosos em diversos tipos de habitat, está adaptado à seca.

Tem preferência por solos ácidos.

Nativa da Região Mediterrânica e Macaronésia (região biogeográfica composta pelos arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde).

Esta espécie hibridiza facilmente com espécies do mesmo género. Possui propriedades terapêuticas.

Família: Cistaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a maio.

Arbusto perene. Espécie bem-adaptada ao calor, os incêndios potenciam a germinação das suas sementes.

Existem 9 espécies presentes em Portugal do género Cistus, as principais diferenças residem na forma das folhas e cor das flores.

Neste género (Cistus) são frequentes hibridizações entre as diferentes espécies e é possível encontrar uma grande variabilidade.

As suas flores são polinizadas por insetos e caem pouco tempo depois de abrirem (este facto é compensado por uma abundante floração).

Família: Cistaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Terófito (herbácea anual que durante a estação desfavorável encontra-se sob a forma de semente).

As folhas estão cobertas de pelos (adaptação à seca).

Espécie indicadora de solos ácidos.

Pode apresentar grande variedade morfológica.

Família: Cistaceae.

Origem: Exótica.

Floração: março a maio.

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

É uma espécie característica de zonas de matos quentes, secas e geralmente pedregosas.

As suas folhas são pequenas e pubescentes.

Esta espécie é polinizada por insetos.

É utilizada como ornamental em regiões de clima seco e quente.

Família: Colubridae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: abril a agosto.

Esta espécie é semiaquática (pode deslocar-se tanto em terra como na água) e de hábitos diurnos. Apresenta uma dentição áglifa (não possui dentes inoculadores de veneno).

Quando ameaçadas levantam o corpo, expandem a cabeça (daí o nome “viperina”, semelhante a uma víbora) e exalam um odor desagradável.

Podem viver cerca de 20 anos.

Família: Crassulaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a junho.

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

Planta suculenta, indiferente edáfica (cresce em qualquer substrato), colonizadora de solos pobres e resistente à seca devido às reservas de água que acumula nos seus tecidos.

A cor das suas folhas pode variar bastante desde o verde acinzentado ao avermelhado.

Família: Crassulaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a junho.

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

Planta suculenta, indiferente edáfica (cresce em qualquer substrato), colonizadora de solos pobres e resistente à seca devido às reservas de água que acumula nos seus tecidos.

A cor das suas folhas pode variar bastante desde o verde acinzentado ao avermelhado.

Família: Crassulaceae.

Origem: autóctone.

Período de floração: fevereiro a junho.

É encontrada normalmente em fendas de muros, rochas e paredes. É indiferente edáfica (pode crescer em qualquer tipo de solo).

É uma planta suculenta, armazena reservas líquidas nas folhas, caules e raízes, por este facto apresenta estes órgãos carnudos e grossos.

Esta característica permite-lhe resistir à seca e subsistir em ambientes áridos e secos.

Pode ser utilizada em saladas e possui propriedades medicinais. Tem a capacidade de absorver metais pesados.

O nome comum “umbigo” deriva da forma das suas folhas que são ligeiramente côncavas.

Família: Cupressaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: setembro a novembro.

Gimnospérmica (da mesma divisão que os pinheiros), são plantas com sementes nuas (não possuem proteção da semente – fruto).

A polinização é anemófila (pela ação do vento). As sementes encontram-se em “pinhas” (falsos frutos) designados por gálbulas.

Dióica (indivíduos com flores masculinas e indivíduos com flores femininas).

Espécie xerófila adaptada a climas áridos (quentes e secos).

Considerada espécie pioneira na recuperação pós-fogo.

É uma espécie de crescimento lento que pode viver mais de 500 anos. Classificada anteriormente como J. phoenicea subsp. turbinata, reconhecida como nova espécie, devido a análise genética.

Família: Cupressaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: setembro a novembro.

Gimnospérmica (da mesma divisão que os pinheiros), são plantas com sementes nuas (não possuem proteção da semente – fruto).

A polinização é anemófila (pela ação do vento). As sementes encontram-se em “pinhas” (falsos frutos) designados por gálbulas.

Dióica (indivíduos com flores masculinas e indivíduos com flores femininas).

Espécie xerófila adaptada a climas áridos (quentes e secos).

Considerada espécie pioneira na recuperação pós-fogo.

É uma espécie de crescimento lento que pode viver mais de 500 anos. Classificada anteriormente como J. phoenicea subsp. turbinata, reconhecida como nova espécie, devido a análise genética.

Família: Cupressaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: setembro a novembro.

Gimnospérmica (da mesma divisão que os pinheiros), são plantas com sementes nuas (não possuem proteção da semente – fruto).

A polinização é anemófila (pela ação do vento). As sementes encontram-se em “pinhas” (falsos frutos) designados por gálbulas.

Dióica (indivíduos com flores masculinas e indivíduos com flores femininas).

Espécie xerófila adaptada a climas áridos (quentes e secos).

Considerada espécie pioneira na recuperação pós-fogo.

É uma espécie de crescimento lento que pode viver mais de 500 anos. Classificada anteriormente como J. phoenicea subsp. turbinata, reconhecida como nova espécie, devido a análise genética.

Família: Cupressaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: setembro a novembro.

Gimnospérmica (da mesma divisão que os pinheiros), são plantas com sementes nuas (não possuem proteção da semente – fruto).

A polinização é anemófila (pela ação do vento). As sementes encontram-se em “pinhas” (falsos frutos) designados por gálbulas.

Dióica (indivíduos com flores masculinas e indivíduos com flores femininas).

Espécie xerófila adaptada a climas áridos (quentes e secos).

Considerada espécie pioneira na recuperação pós-fogo.

É uma espécie de crescimento lento que pode viver mais de 500 anos. Classificada anteriormente como J. phoenicea subsp. turbinata, reconhecida como nova espécie, devido a análise genética.

Família: Cupressaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: fevereiro a março.

Gimnospérmica (semente nua), Divisão Conífera (as sementes encontram-se em estruturas especializadas em forma de cone).

Nativa do Mediterrâneo Oriental. Esta espécie apresenta duas formas de crescimento: copa fusiforme ou copa piramidal.

É tolerante à seca e ao vento e por esta razão é utilizada em sebes e como corta-vento para culturas; também é resistente ao fogo e é utilizada como barreira contra incêndios, as suas folhas apresentam um elevado teor em água (dificuldade em arder).

Grande longevidade pode atingir os 1000 anos.

Família: Cupressaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: fevereiro a março.

Gimnospérmica (semente nua), Divisão Conífera (as sementes encontram-se em estruturas especializadas em forma de cone).

Nativa do Mediterrâneo Oriental. Esta espécie apresenta duas formas de crescimento: copa fusiforme ou copa piramidal.

Grande longevidade pode atingir os 1000 anos.

Família: Ericacea.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a junho.

As flores são utilizadas na medicina tradicional como diuréticas.

Esta espécie produz substâncias alelopáticas que impedem o crescimento de outras espécies e servem de mecanismo de defesa contra herbívoros.

Planta melífera (atrai as abelhas), promotora de biodiversidade.

Família: Ericaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Prefere solos ácidos e de origem siliciosa.

Como o nome latim indica (arborea) pode atingir as dimensões de uma árvore.

A sua madeira muito dura era no passado utilizada como combustível (fabrico de carvão) e no fabrico de cachimbos.

É possível extrair um óleo essencial que tem propriedades terapêuticas.

Família: Ericaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: outubro a janeiro.

Arbusto de interesse florestal, da fermentação do seu fruto é fabricada aguardente, conhecida como “medronho”.

As folhas e cascas do medronheiro contêm taninos e são utilizadas para curtir peles, também têm propriedades medicinais.

A floração ocorre simultaneamente com o amadurecimento dos frutos do ano anterior.

Espécie de elevado valor ecológico: na preservação dos recursos faunísticos, na conservação do solo (ensombramento e folhagem rica em nutrientes) e espécie pioneira na recuperação de habitats degradados (resiliência ao fogo e rápida regeneração).

É a planta hospedeira da Borboleta-do-medronheiro (Charaxes jasius).

Família: Fabaceae.

Origem: Autóctone.

Período de Floração: fevereiro a junho.

Protohemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície protegida por restos orgânicos, neste caso apenas as folhas caulinares).

Planta escandente (trepadora), possui folhas modificadas, gavinhas, que têm como função fixar a planta.

Apresenta flores zigomórficas papilionáceas (simetria bilateral semelhantes a borboletas), característica da Família Fabaceae.

Esta espécie apresenta grande variedade morfológica.

Família: Fabaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

Planta geralmente com os talos prostrados, coberta de pequenos pelos.

As folhas apresentam geralmente 4 folíolos (pode ser de 3 a 5) que está na origem do nome específico “tetraphyllum”.

O fruto é um legume (ou vagem), característico desta família também designada por Leguminosas; a vagem apresenta 2 sementes com uma constrição entre elas.

O nome genérico “Tripodium” significa com 3 pés e refere-se à ramificação do caule.

Família: Fabaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

Planta geralmente com os talos prostrados, coberta de pequenos pelos.

As folhas apresentam geralmente 4 folíolos (pode ser de 3 a 5) que está na origem do nome específico “tetraphyllum”.

O fruto é um legume (ou vagem), característico desta família também designada por Leguminosas; a vagem apresenta 2 sementes com uma constrição entre elas.

O nome genérico “Tripodium” significa com 3 pés e refere-se à ramificação do caule.

Família: Fabaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Em climas amenos esta espécie pode crescer e florir durante todo o ano.

Nas suas raízes desenvolvem-se nódulos radiculares onde se fixam as bactérias fixadoras de azoto – relação de simbiose (as bactérias fixam o azoto atmosférico e transformam-no de modo que este possa ser absorvidos pelas plantas, as plantas por sua vez, fornecem às bactérias o alimenta que estas necessitam).

É uma planta com interesse forrageiro (utilizada para alimento do gado).

Família: Fabaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

O fruto é uma vagem falciforme encurvada para dentro que faz lembrar uma garra de pássaro, que está na origem do seu nome científico Ornithopus.

Esta espécie é de alto valor nutritivo e é utilizada como planta forrageira para o gado e também na conservação do solo.

Família: Fabaceae.

Origem: Endémica do Sul de Portugal.

Floração: novembro a junho.

Arbusto espinhoso.

Existe uma outra subespécie U. argenteus subsericeus endémica da Península Ibérica que em Portugal existe apenas numa pequena faixa do sotavento algarvio e apresenta o estatuto de Vulnerável (Vu).

Esta espécie era utilizada na tradição popular algarvia, da “matança do porco”, para chamuscar os pelos e pele do porco.

Família: Fabaceae.

Origem: Exótica.

Floração: fevereiro a abril.

Esta espécie é nativa do Sul da Austrália e da Tasmânia. É considerada como espécie invasora em Portugal desde 1999.

Possui folhas recompostas e flores amarelas vivas, muito vistosas. As acácias são árvores que produzem muitas sementes que permanecem viáveis no solo durante muito tempo, característica que facilita a invasão.

Formam povoamentos densos que impedem o crescimento das plantas nativas, a sua folhagem é rica em azoto o que provoca alterações nas características químicas do solo.

Esta espécie é considerada uma das piores invasoras, cresce junto a cursos de água e impede o crescimento de plantas nativas, dificulta o fluxo de água e agrava os fenómenos de erosão.

Família: Fabaceae.

Origem: Exótica.

Floração: fevereiro a abril.

Esta espécie é nativa do Sul da Austrália e da Tasmânia. É considerada como espécie invasora em Portugal desde 1999.

Formam povoamentos densos que impedem o crescimento das plantas nativas, a sua folhagem é rica em azoto o que provoca alterações nas características químicas do solo.

Esta espécie é considerada uma das piores invasoras, cresce junto a cursos de água e impede o crescimento de plantas nativas, dificulta o fluxo de água e agrava os fenómenos de erosão.

Família: Fabaceae.

Origem: Invasora.

Floração: fevereiro a abril.

Esta espécie é nativa do Sul da Austrália. É considerada como espécie invasora em Portugal desde 1999.

As acácias são árvores que produzem muitas sementes que permanecem viáveis no solo durante muito tempo, característica que facilita a invasão.

Formam povoamentos densos que impedem o crescimento das plantas nativas, a sua folhagem é rica em azoto o que provoca alterações nas características químicas do solo.

Família: Fabaceae.

Origem: Possivelmente autóctone.

Floração: setembro a outubro.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas ou herbácea, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo). Espécie geralmente dióica (flores unissexuais, masculinas e femininas em indivíduos separados).

Os seus frutos (que caem no outono), são muito apreciados por espécies omnívoras dos bosques (javalis, roedores). Não se sabe ao certo qual é a origem desta espécie, uma vez que é cultivada desde os tempos antigos.

Tradicionalmente eram utilizadas como alimento para o gado e as suas sementes eram utilizadas como unidade de peso, para pedras preciosas (diamantes). Atualmente a alfarroba é um produto muito valorizado, com diferentes utilizações, nomeadamente para produção de farinha, espessante, como substituto do cacau e em diferentes indústrias (farmacêutica, cosmética, produção de papel, curtumes).

Família: Fagaceae.

Origem: Autóctone.

Período de Floração: março a maio.

Espécie com interesse vegetal. Está bem-adaptada ao clima seco e ao solo pedregoso. Rebenta facilmente da raiz, o que lhe confere grande resistência ao fogo.

As suas bolotas são muita apreciadas por algumas espécies animais, nomeadamente os javalis.

Espécie promotora de biodiversidade, uma vez que serve de abrigo para a fauna silvestre, incluindo algumas aves insetívoras, benéficas para a agricultura.

O nome específico “coccifera” deriva do latim e significa cochonilha, uma vez que esta espécie é infetada por uma fêmea de cochonilha (Kermesi sp.), da qual na Antiguidade se produzia o corante carmim.

A picada do inseto ou ataque de fungos, bactérias ou nemátodos leva à formação de bugalhos, que consistem em multiplicações celulares das estruturas vegetais, é a resposta da planta a agressões externas, é nestas estruturas que alguns insetos depositam os ovos e completam o seu ciclo de vida.

Família: Fagaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a maio.

É uma espécie protegida por decreto de lei (Decreto-Lei n.º 169/2001, de 25 de maio), instituída como árvore nacional em 2012.

Árvore perene. Identifica-se facilmente pela presença de cortiça no tronco, que tem capacidade de regeneração e serve de proteção contra o fogo).

Em Portugal, o sobreiro ocupa cerca de 24% do território nacional e é o país com maior área de sobreiro espontâneo.

O sobreiro desempenha um papel ecológico muito importante, no sequestro de Carbono na regulação do ciclo da água, na manutenção do solo, na regulação dos ciclos de nutrientes e na conservação da biodiversidade.

Família: Formicidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

É uma das maiores formigas da Europa.

Alimenta-se de seiva que os pulgões extraem das plantas (substância doce e açucarada) e protegem-nos dos predadores (relação biótica de mutualismo em que ambos as espécies são beneficiadas) – por esta razão são também conhecidas por formigas-pastoras.

Família: Gentianaceae.

Origem: Exótica.

Floração: abril a agosto.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Espécie indicadora de elevada biodiversidade.

Anual ou bienal (nasce e floresce no ano seguinte).

Planta utilizada na medicina tradicional, em chá, entre outros, para o tratamento de diabetes. Atribuem-se a esta planta propriedades antidiabéticas, anti-inflamatórias e antioxidantes.

O nome comum “fel-do-mato”, faz referência ao sabor, bastante amargo, do seu chá.

Família: Gentianaceae.

Origem: Exótica.

Floração: abril a agosto.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Espécie indicadora de elevada biodiversidade.

Anual ou bienal (nasce e floresce no ano seguinte).

Planta utilizada na medicina tradicional, em chá, entre outros, para o tratamento de diabetes. Atribuem-se a esta planta propriedades antidiabéticas, anti-inflamatórias e antioxidantes.

O nome comum “fel-do-mato”, faz referência ao sabor, bastante amargo, do seu chá.

Família: Guerridae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Pertencente à Classe Insecta, Ordem Hemiptera (deriva do grego e significa hemi – metade e ptera – asa), refere-se às asas anteriores que são metade membranosas e metade coriáceas.

As espécies incluídas neste grupo são hemimetabólicas (metamorfose incompleta: ovo-ninfa-adulto, a fase de ninfa é muito semelhante ao adulto).

Família: Hypericaceae.

Origem: Autóctone.

Período de floração: maio a outubro.

Proto-Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, com caules folhosos).

Apresenta glândulas secretoras translúcidas nas folhas. que facilita a sua identificação.

As flores deste género (Hypericum) apresentam glândulas secretoras opacas de cor negra nas flores que são ricas em óleos essenciais (hipericina).

Planta utilizada desde a Grécia Antiga como medicinal, para o tratamento da ansiedade, depressão, cortes e queimaduras.

Família: Iridaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Flores efémeras (murcham poucas horas após abertura).

Espécie de pequeno porte, mas com floração muito vistosa.

O nome científico “Gynandriris” deriva da junção de 2 palavras gregas, macho e fêmea, referindo-se ao facto do pistilo (órgão feminino) e estame (órgão masculino) se encontrarem fundidos num só.

Esta espécie é considerada uma das mais antigas da Família Iridaceae.

Família: Iridaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a março.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas- bolbos, rizomas, tubérculos).

Na Família Iridaceae a maioria das espécies apresenta flores muito vistosas; são utilizadas há mais de três séculos como ornamentais.

Família: Iridaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Esta espécie possui um bolbo, as suas sementes são aladas (dispersão pelo vento).

O género Gladiolus apresenta inúmeras espécies difundidas pela Europa, Ásia e África.

Algumas destas espécies são cultivadas há muito tempo e utilizadas como plantas ornamentais.

Esta espécie apresenta 2 subespécies em Portugal: G. illyricus illyricus e a G. illyricus reuteri (esta última endémica da Península Ibérica).

Família: Iridaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: primavera.

Nativa da África do Sul, muito utilizada como ornamental e naturalizada em algumas regiões do Mediterrâneo.

A Watsonia meriana é considerada uma espécie invasora em Portugal desde 2019.

Ambas as espécies são originárias da África do Sul e utilizadas como ornamentais.

Existem algumas espécies muito semelhantes entre si, que se distinguem pelas flores. Os Gladíolos também fazem parte desta família.

Família: Juncaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: não aplicável.

O género Juncus apresenta cerca de 320 espécies, em Portugal existem 28 espécies.

Os juncos estão associados a locais húmidos, algumas espécies crescem dentro de água. As suas folhas são compridas e cilíndricas.

Apresentam uma elevada importância ecológica, contribuindo para a consolidação das margens em cursos de água (rios, ribeiros) e na imobilização de areias soltas.

Algumas espécies têm também importância económica, sendo utilizadas no fabrico de cestos, esteiras e outros produtos artesanais.

A Família Juncaceae é evolutivamente muito antiga. O J. emmanuelis é uma espécie endémica da Península Ibérica e tem o estatuto de Vulnerável.

Família: Juncaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: não aplicável.

O género Juncus apresenta cerca de 320 espécies, em Portugal existem 28 espécies.

Os juncos estão associados a locais húmidos, algumas espécies crescem dentro de água. As suas folhas são compridas e cilíndricas.

Apresentam uma elevada importância ecológica, contribuindo para a consolidação das margens em cursos de água (rios, ribeiros) e na imobilização de areias soltas.

Algumas espécies têm também importância económica, sendo utilizadas no fabrico de cestos, esteiras e outros produtos artesanais.

A Família Juncaceae é evolutivamente muito antiga. O J. emmanuelis é uma espécie endémica da Península Ibérica e tem o estatuto de Vulnerável.

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Espécie endémica do Sudoeste da Península Ibérica.

Planta melífera, produz néctar que atrai polinizadores, nomeadamente abelhas.

O nome genérico “Salvia” deriva do latim e significa curar, porque desde há muito tempo era considerada uma planta milagrosa.

É considerada uma espécie chave em comunidades vegetais e está incluída em vários programas nacionais de conservação.

As suas flores apresentam um tempo de vida curto, cerca de 3 dias.

Estudos recentes demonstraram que esta espécie poderá ser utilizada para controlar o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

O género “Prasium” inclui apenas uma única espécie e está circunscrito à região Mediterrânea.

A Família Lamiaceae inclui espécies cujas folhas são revestidas por pequenos pelos ou glândulas que segregam óleos aromáticos e voláteis.

Apresenta flores características com cálice tubular (formado por 5 sépalas) e 5 pétalas soldadas entre si e bilabiadas (2 lobos inferiores e 3 superiores) que servem de plataforma de aterragem para os insetos em busca de néctar.

O nome genérico “Prasium” significa verde em latim, em alusão às suas folhas verde-escuras.

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a dezembro.

Arbusto perene. Flores azuladas ou esbranquiçadas.

Planta melífera, as suas flores são ricas em néctar e atraem muitas abelhas. Esta espécie tem sido cultivada desde a Antiguidade como ornamental, no entanto é nativa da região Mediterrânica e Cáucaso.

As suas folhas são utilizadas para obtenção de óleos essenciais, como condimento na culinária e possuem propriedades medicinais; além disso funcionam como repelente natural contra insetos (mosquitos, moscas). O nome genérico “Rosmarinus” significa orvalho de mar.

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

Espécie hermafrodita (órgãos femininos e masculinos na mesma flor) e polinizada por insetos.

Esta planta atrai as cigarrinhas (insetos sugadores que se alimentam de tecidos vegetais) que se alimentam das suas folhas.

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Espécie típica da região Mediterrânica.

Planta aromática e medicinal, das suas flores é possível extrair um óleo essencial que tem propriedades calmantes e antimicrobianas.

Esta espécie é promotora de biodiversidade, atrai insetos (abelhas, borboletas).

Utilizada como ornamental.

Existem 2 subespécies, a L. stoechas luisieri é endémica do sudoeste da Península Ibérica.

Família: Lamiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a junho.

Planta anual (completa o seu ciclo de vida num ano ou menos) e melifera.

Os seus talos e inflorescências estão cobertos por pequenos pelos.

As flores são bilabiadas (a corola-conjunto das pétalas - está dividida em 2 partes designadas por lábios). As flores podem ser brancas ou amarelas. Possui propriedades medicinais.

O nome genérico “Stachys” deriva do grego e significa semelhante a espinho, o nome específico “ocymastrum” significa semelhante a manjericão.

Família: Lamiaceae.

Origem: Endémica.

Floração: abril a julho.

Espécie endémica da Península Ibérica. Apresenta elevada plasticidade ecológica e é tolerante à seca.

Inflorescência globosa com flores brancas.

Possui glândulas nas folhas que libertam óleos essenciais, um mecanismo de defesa contra predadores e parasitas, essas glândulas também estão presentes nas inflorescências e atraem insetos responsáveis pela polinização.

As suas flores são ricas em néctar e atraem muitos insetos, sendo por isso uma planta promotora de biodiversidade.

Planta aromática, medicinal, ornamental e utilizada na culinária (utilizada como substituto do sal).

Família: Libellulidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: abril a agosto.

Pertence à Ordem Odonata (odous- dentes e gnatha – maxila) os adultos possuem “dentes” fortes nas mandíbulas e à Subordem Anisoptera (asas diferentes); quando em repouso têm as asas abertas.

O nome científico quadrimaculata refere-se às 4 manchas negras das asas (2 em cada asa).

Esta espécie pode alimentar-se de outras libélulas mais pequenas.

Os machos e as fêmeas são semelhantes.

Desenvolve-se por metamorfoses (como todos os Odonatas), os estágios intermédios são designados por ninfas que são aquáticas.

Nesta espécie o desenvolvimento até ao estado adulto pode demorar cerca de 2 anos.

Família: Libellulidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: março a dezembro.

Pertence à Ordem Odonata (odous- dentes e gnatha – maxila) os adultos possuem “dentes” fortes nas mandíbulas, Subordem Anisoptera (asas diferentes); quando em repouso têm as asas abertas.

Esta espécie apresenta dimorfismo sexual (machos e fêmeas diferentes), os machos são vermelhos.

Migradora de longa distância, pode ser observada longe de massas de água.

Família: Linaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a julho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, em forma de roseta).

Espécie com propriedades medicinais.

É o ancestral silvestre do atual linho cultivado. A cultura do linho é muito antiga (cerca de 7000 anos), no início era utilizado para a produção de fibras têxteis e como alimento.

Na Idade Média os pintores adicionavam-no às suas cores. A cultura do linho foi substituída na sua maioria pela cultura do algodão.

Família: Lythraceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: junho a julho.

Nativa do Sudoeste da Ásia. Árvore caducifólia. As folhas adquirem tons avermelhados antes de caírem no outono.

Utilizada como ornamental em várias partes do mundo.

O nome em inglês “Crape-myrtle” (murta-crepe) refere-se às suas folhas que são semelhantes às da Murta (Myrtus communis) e às pétalas que se assemelham a pedaços de papel crepe.

Família: Malvaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: junho a agosto.

Espécie nativa da Europa (mas não de Portugal).

Caducifólia (folha caduca), muito exigente em água.

As suas flores atraem abelhas e outros insetos polinizadores.

As inflorescências possuem uma bráctea (folha modificada que nasce com a flor e protege-as antes de desabrochar), esta permanece aquando da maturação do fruto e facilita a dispersão da semente pelo vento.

A madeira, devido às propriedades acústicas é utilizada no fabrico de instrumentos musicais.

O nome específico “cordata” refere-se à forma das suas folhas (coração). Existem várias espécies de Tílias utilizadas como ornamentais em Portugal: Tília-prateada (Tilia tomentosa), a Tília-de-folhas-grandes (Tilia platyphyllos) e um híbrido, a Tília-europeia (Tilia vulgaris).

Família: Miridae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: primavera-verão.

Pertence à Ordem Hemiptera (metade asa), os adultos possuem metade da asa anterior endurecida com quitina – hemiélitro, enquanto o resto é membranoso.

O aparelho bucal está modificado para função perfuradora e sugadora.

Esta espécie alimenta-se de plantas e tem hábitos diurnos.

Família: Moraceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: agosto a fevereiro.

Nativa do Nordeste da Índia e Sul da Indonésia. Pertence ao mesmo género que a Figueira (Ficus carica), espécie nativa da região Mediterrânica.

O restritivo específico “elastica” refere-se ao látex (substância leitosa libertada por algumas plantas quando cortadas no caule que tem a função de cicatrização) utilizado para produção de borracha natural.

No género Ficus, as flores estão inseridas num receptáculo designado por sicônio e são polinizadas exclusivamente por vespas, cada espécie é polinizada por uma única espécie de vespa num processo designado por co-evolução (evolução em simultâneo de 2 ou mais espécies).

Nesta espécie em particular não ocorre a polinização em Portugal, uma vez que não existe a vespa específica.

Família: Musaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: Todo o ano.

As bananeiras cultivadas são híbridos de espécies nativas da Ásia.

Aquilo a que designamos caule da bananeira é na realidade um pseudocaule formado pelas bainhas das folhas, o verdadeiro caule é subterrâneo.

A banana é um fruto partenocárpico, que se forma sem que ocorra fecundação, em geral não tem sementes ou estas são estéreis.

Família: Myrtaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: abril a agosto.

Arbusto perene. As suas folhas estão cobertas por uma cutícula cerosa (evita a perda de água, adaptação ao calor e seca).

Esta espécie produz um óleo essencial utilizado na cosmética e medicina tradicional. Os óleos essenciais têm a função de proteger a planta de eventuais doenças ou pragas, no entanto também são utilizadas para atrair animais benéficos (polinizadores - insetos, aves, morcegos).

Algumas plantas utilizam-nos para inibir a germinação de outras plantas que competem pelos mesmos recursos ou ainda para a retenção de água, de modo a evitar perdas de água em períodos de calor ou seca).

Família: Myrtaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: dezembro a abril.

O género Eucalyptus possui quase 800 espécies, a maior parte delas oriundas da Austrália.

O Eucalipto foi introduzido em Portugal nos meados do século XX, foram introduzidas cerca de 250 espécies, a mais comum é o Eucalyptus globulus.

O E. globulus é considerado uma espécie invasora, é uma espécie de crescimento rápido e que produz substâncias alelopáticas que impedem o crescimento de outras plantas.

Pode formar povoamentos densos que levam à perda de biodiversidade e empobrecimento do solo.

Família: Notonectidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Pertence à Ordem Hemiptera (deriva do grego e significa hemi – metade e ptera – asa), refere-se às asas anteriores que são metade membranosas e metade coriáceas.

São predadores vorazes e generalistas (alimentam-se de tudo o que conseguem apanhar), detetam as suas presas através das ondulações que estas provocam na água ao se movimentarem.

Possuem uma armadura bucal que pica e sugam os fluidos corporais das suas presas. Nadam de costas à superfície da água, mas conseguem mergulhar.

Família: Nymphalidae

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: todo o ano.

Esta espécie apresenta várias gerações anuais (trivoltina – 3 gerações anuais, completa o ciclo de vida 3 vezes durante um ano).

As lagartas alimentam-se de gramíneas (Família Poaceae). As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. Hiberna na forma de lagarta.

O nome comum em Inglês “Wall” (muro/parede) refere-se ao facto desta espécie ter o hábito de se aquecer ao sol em muros ou rochas.

Espécie importante ecologicamente como polinizadora.

Família: Nymphalidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: janeiro a dezembro.

Pertence à Ordem Lepidoptera (asas com escamas), as asas e o corpo destes insetos estão cobertos de escamas.

A família Nymphalidae apresenta o primeiro par de patas atrofiado.

Inverna na forma de lagarta. Alimenta-se de plantas da Família Poaceae.

No estado adulto esta espécie tem um período de vida curto (3 a 4 dias para os machos e 8 a 10 dias para as fêmeas).

Tem um comportamento sempre alerta e é difícil de se deixar aproximar.

Descansa com as asas fechadas e com a asa posterior ligeiramente levantada, deixando visível o ocelo (provavelmente serve como distração para as aves, que atacam o “falso olho” em vez do corpo).

Família: Nymphalidae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: março a outubro (na região do Algarve pode ser observada durante todo o ano).

Hiberna como lagarta ou pupa.

É uma espécie polivoltina (várias gerações anuais).

Os adultos alimentam-se de néctar de flores ou de um líquido doce produzido pelos pulgões.

Normalmente associada a cursos de água, locais sombrios, orlas de bosques, mas pode ocupar uma grande variedade de habitats.

O nome científico “aegeria” vem de “Égeria” uma ninfa associada aos bosques.

Família: Nymphalidae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: março a outubro (na região do Algarve pode ser observada durante todo o ano).

Hiberna como lagarta ou pupa.

É uma espécie polivoltina (várias gerações anuais).

Os adultos alimentam-se de néctar de flores ou de um líquido doce produzido pelos pulgões.

Normalmente associada a cursos de água, locais sombrios, orlas de bosques, mas pode ocupar uma grande variedade de habitats.

O nome científico “aegeria” vem de “Égeria” uma ninfa associada aos bosques.

Família: Oleaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Espécie típica da região Mediterrânea, adaptada tanto a temperaturas baixas como altas.

Apresenta um sistema radicular bem desenvolvido e desempenha um papel importante na estabilização de encostas (evita a erosão).

Os seus frutos (pequenas bagas), amadurecem no outono, são venenosas para os humanos, mas muito apreciadas pelas aves migradoras.

É a única espécie de jasmineiro que cresce em Portugal continental. Cultivada como planta ornamental, apesar da fraca fragância das suas flores.

Família: Oleaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

São consideradas 2 subspécies: O. europaea europaea (cultivada, domesticada, mais resistente às geadas e baixas temperaturas) e O. europaea sylvestris (cresce em matos, locais rochosos e secos).

O Zambujeiro, também conhecido por oliveira-brava, foi domesticado e atualmente é plantado por toda a bacia do Mediterrâneo.

O seu fruto é uma drupa (azeitona) utilizada no fabrico do azeite.

Esta espécie pode viver mais de 2000 anos.

A oliveira é cultivada desde o Antigo Egipto (há mais de 4000 anos).

Família: Oleaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a maio.

Fanerófito (plantas lenhosas com gemas de renovo a mais de 25 cm do solo).

Cresce em qualquer tipo de substrato, frequente em solos pobres e pedregosos.

Esta espécie apresenta uma forma de reprodução pouco comum – androdioicia (indivíduos apenas com flores masculinas e indivíduos com flores hermafroditas).

O fruto, é uma baga que amadurece no outono, sendo uma fonte de alimento importante para as aves migradoras. Espécie de crescimento lento, pode viver cerca de 100 anos.

Família: Oleaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: maio a julho.

Nativa do Sul e Leste da China e Japão).

Árvore de folha perene, muito utilizada como ornamental em meio urbano devido à sua resistência à poluição.

Espécie muito semelhante a Ligustro-do-Japão (Ligustrum japonicum) mas de porte maior.

O nome genérico “Ligustrum” vem da palavra Latina “ligare” que significa atar, pois os seus ramos eram utilizados para esse fim pelos Romanos.

Existem diversas variedades desta árvore, a mais comum com as folhas manchadas de amarelo. Esta espécie é considerada invasora no Brasil.

Família: Oleaceae.

Origem: Nativa do Oeste da Região Mediterrânica.

Período de floração: fevereiro a março.

Caducifólia (as folhas caem no outono). Muito utilizada como árvore ornamental.

A sua madeira é elástica e resistente, utilizada em carpintaria e para cabos de ferramentas; as folhas e rebentos jovens são utilizadas na alimentação de gado.

Esta espécie é importante ecologicamente na fixação e manutenção das margens dos rios ou ribeiras, na regularização e retenção de cheias e habitat para inúmeras espécies.

Família: Orchidaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a maio.

Esta espécie pode apresentar diferentes colorações devido à deficiência em antocianina (pigmento), por vezes pálidas ou amareladas.

A principal característica é possuírem o labelo em forma de língua, por isso são conhecidas como erva-língua.

Existem 5 espécies de Serapias em Portugal e distinguem-se pela cor e forma/tamanho do labelo.

Família: Orchidaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a maio.

As orquídeas em Portugal são terrestres e em geral de pequenas dimensões (por vezes passam despercebidas).

No género Ophrys, uma das pétalas tem uma forma bastante distinta das outras, a sua forma e odor constitui uma estratégia para atrair insetos que irão posteriormente polinizar a flor.

Noutras espécies pode ocorrer a autopolinização ou a polinização pelo vento.

As orquídeas produzem milhares de minúsculas sementes, estas não possuem reservas e para germinar associam-se a um fungo microscópico, numa relação de simbiose em que o fungo fornece-lhes o alimento que necessitam para germinarem.

Família: Orchidaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Não se conhece ao certo quando a Família Orchidaceae surgiu, uma vez que existem poucos registos fósseis, as suas sementes são diminutas e as plantas decompõem-se rapidamente.

A polinização deste género de plantas é peculiar, as suas flores assemelham-se a fêmeas de alguns grupos de insetos principalmente Himenópteros (vespas, abelhas e formigas).

Além da cor, aspeto e pilosidade as flores exalam um odor semelhante às feromonas das fêmeas desses insetos que servem para atrair os machos.

Esta espécie em particular é polinizada principalmente por vespas. O inseto macho pousa no labelo da flor (semelhante a uma fêmea da sua espécie) e tenta copular com esta, neste processo o pólen adere ao seu corpo e é transportado para outra flor.

Família: Orchidaceae.

Origem: Endémica da Península Ibérica.

Floração: fevereiro a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

A Família Orchidaceae caracteriza-se pela presença de: folhas inteiras com nervuras paralelas, presença de 3 sépalas e 3 pétalas (sendo a pétala central diferente das outras e designada por labelo), grãos de pólen aglomerados em 2 massas pegajosas, sementes muito pequenas produzidas numa cápsula, flores crescem num único caule e dispõem-se em espiga e os órgãos subterrâneos são em geral pseudo-tubérculos.

O nome específico “speculum” significa espelho, em alusão à cor do labelo que reflete a luz. O labelo desta espécie imita a forma e produz feromonas de uma vespa - Dasyscolia ciliata.

Família: Orobanchaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Holoparasita (planta incapaz de realizar a fotossíntese, retira todos os nutrientes que necessita da planta hospedeira).

Pode crescer numa ampla variedade de plantas naturais e cultivadas, é considerada uma praga agrícola porque afeta o crescimento de algumas culturas, nomeadamente o tomate.

O seu caule não apresenta folhas, tem cor clara devido à total ausência de clorofila.

Produz sementes muito pequenas que são facilmente transportadas pelo vento ou pela água.

Desenvolve-se sobre as raízes da planta hospedeira.

Família: Oxalidaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: janeiro a março.

Introduzida como ornamental.

Classificada como Invasora em Portugal Continental (listada no Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho), nativa da África do Sul.

Reproduz-se quase exclusivamente por modo vegetativo através de bolbilhos (pequenos bolbos subterrâneos).

É possível observar algumas plantas com flores estéreis, sem estruturas reprodutoras e com mais pétalas do que o normal, consistem em variações da mesma espécie.

Família: Paeoniaceae.

Origem: Endémica.

Floração: fevereiro a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

Esta espécie é endémica da Península Ibérica.

Planta importante a nível ecológico, devido ao tamanho das suas flores e quantidade de pólen que produz, atrai grande diversidade de insetos; estudos indicam que o polinizador mais eficaz é um coleóptero.

O nome específico “broteri” foi dado em honra de um botânico e médico português: Félix Avelar Brotero (1744-1828), que identificou muitas espécies de plantas e foi o autor da primeira Flora Portuguesa.

Planta utilizada amplamente como ornamental.

Família: Papilionidae

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação:

Os machos em geral são maiores do que as fêmeas.

As borboletas adultas alimentam-se do néctar de várias flores e desempenham um papel importante como polinizadores.

Família: Papilionidae

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: março a outubro.

É uma das maiores borboletas encontradas em Portugal, apenas se pode encontrar na Península Ibérica, Sul de França e Norte de África (no resto da Europa é substituída por outra espécie muito semelhante I. podalirius).

As larvas alimentam-se de várias espécies de árvores de fruto selvagens e plantadas, entre elas Prunus sp. (abrunheiros, ameixeiras, pessegueiros), Pyrus sp. e Pilriteiro (Crataegus monogyna).

As lagartas possuem um mecanismo de defesa, um órgão designado por osmeterium, que exala um forte odor desagradável quando ameaçadas, característica comum a outras espécies da mesma Família.

Os adultos alimentam-se do néctar de várias flores, desempenhando um importante papel ecológico como polinizadores. Esta espécie hiberna na forma de crisálida.

Família: Phalangidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Pertence à ordem Opiliones. As espécies deste grupo são conhecidas por Opiliões.

Habita bosques, pastagens e jardins, em cima da vegetação.

É um predador de invertebrados: cigarrinhas, insetos, aranhas. Na parte da frente do cefalotórax possui 3 projeções semelhantes a um tridente.

Família: Picidae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: todo o ano.

Residente comum. Esta espécie está associada à presença de árvores.

O seu ninho é um buraco (escavado pelo próprio) em árvores ou postes de madeira.

Alimenta-se de insetos que captura nos troncos, com a sua língua extremamente comprida.

Apresenta dimorfismo sexual (as fêmeas e os machos apresentam diferentes colorações).

Em Portugal é possível encontrar 3 espécies de pica-paus, sendo esta a mais comum.

Caracteriza-se pelo seu tamborilar, chamamento e voo ondulante.

Família: Picidae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: todo o ano.

Residente comum. Esta espécie está associada à presença de árvores.

O seu ninho é um buraco (escavado pelo próprio) em árvores ou postes de madeira.

Alimenta-se de insetos que captura nos troncos, com a sua língua extremamente comprida.

Apresenta dimorfismo sexual (as fêmeas e os machos apresentam diferentes colorações).

Em Portugal é possível encontrar 3 espécies de pica-paus, sendo esta a mais comum.

Caracteriza-se pelo seu tamborilar, chamamento e voo ondulante.

Família: Pinaceae.

Origem: É considerada como possivelmente autóctone (por vezes é designada por arqueófito, uma espécie que não é nativa, mas que foi introduzida antes de 1500 d.C.).

Árvore de folha perene. Gimnospérmica (planta com vasos condutores, com semente, mas sem fruto).

Tem grande importância económica, quer pela sua madeira (rija e resistente à humidade) ou resina, mas principalmente pelo pinhão.

Caracteriza-se pela sua copa arredondada. O pinheiro-manso é considerado uma “espécie pioneira” (uma das primeiras espécies na sucessão ecológica), cresce em solos pobres e tem a capacidade de criar as condições para que outras espécies mais exigentes possam crescer.

Suporta bem a salinidade do mar, os ventos fortes e cresce em terrenos arenosos e tem vindo a ser utilizado na fixação de dunas.

Os pinheiros são atacados por várias pragas, entre elas a Processionária-do-pinheiro (Thaumatopoea pityocampa) - uma traça que constrói os ninhos nas agulhas (desce ao solo na primavera formando um cordão de lagartas estas possuem pelos urticantes que provocam alergias) e o Nemátodo-da-madeira-do-pinheiro (Bursaphelenchus xylophilus), um verme microscópico nativo da América do Norte que pode levar à morte dos pinheiros.

Família: Plantaginaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a agosto.

Também conhecida por Tanchagem-menor.

Espécie ruderal (cresce em ambientes fortemente perturbados pela ação humana).

Apresenta propriedades medicinais. As folhas frescas podem ser utilizadas em saladas.

No Norte de Portugal colhem-se as sementes e secam-se para serem plantadas na primavera.

Utilizada como forragem e na alimentação de coelhos.

Família: Platanaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: abril a junho.

Esta espécie não é conhecida como espontânea, pensa-se que tenha resultado de hibridação (espécie que resultou, natural ou artificialmente, do cruzamento de 2 espécies diferentes) entre o Plátano-europeu (Platanus orientalis) e o Plátano-americano (Plátanus occidentalis).

Flores hermafroditas (com órgãos masculinos e femininos).

As suas sementes são na maior parte inférteis, rebenta bem de toiça (base lenhosa e perene junto ao colo da raiz que produz novos caules; pode ser, ao nível do solo ou acima deste).

Os frutos estão agrupados em infrutescências esféricas e possuem uns pelos que facilitam a dispersão das sementes pelo vento. Espécie muito utilizada como ornamental, resistente ao ataque por insetos e à poluição (utilizada para purificar o ar nas cidades).

Pode ser utilizada como barreira natural corta-fogo devido à sua baixa inflamabilidade (facilidade com que algo queima ou entra em ignição).

Família: Poaceae,

Origem: Invasora (listada no Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho)

Nativa da Europa oriental e Ásia tropical e temperada (não se sabe ao certo de onde esta espécie é nativa, pensa-se ter sido introduzida na Península Ibérica ainda na pré-história).

Atualmente está naturalizada por toda a região Mediterrânica, África do Sul, partes do EUA, México e algumas ilhas do Pacífico.

Tem um impacto negativo nos ecossistemas, impede o desenvolvimento de espécies nativas e interfere com o fluxo de água (potencia a ocorrência de cheias).

Família: Polyporaceae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: todo o ano.

É um saprófito (alimenta-se de matéria orgânica em decomposição), pertencente ao Reino Fungi.

Geralmente cresce sobre madeira morta de folhosas.

Produz enzimas que hidrolisam a matéria orgânica em decomposição em biomoléculas solúveis que são posteriormente absorvidas.

Ecologicamente tem uma função muito importante na reciclagem de nutrientes.

Família: Polyporaceae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: todo o ano.

É um saprófito (alimenta-se de matéria orgânica em decomposição), pertencente ao Reino Fungi.

Geralmente cresce sobre madeira morta de folhosas.

Produz enzimas que hidrolisam a matéria orgânica em decomposição em biomoléculas solúveis que são posteriormente absorvidas. Ecologicamente têm uma função muito importante na reciclagem de nutrientes.

O nome científico “hirsuta” refere-se às pilosidades que apresenta na superfície superior.

Esta espécie tem sido estudada devido às suas enzimas que têm a capacidade de degradar alguns corantes sintéticos.

Família: Primulaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a agosto.

Terófito (planta anual cujas gemas de renovo resultam da germinação das suas sementes).

Esta espécie apresenta grande variedade morfológica (cor das flores, tamanho e forma das folhas), existem indivíduos com flores azuis e flores alaranjadas.

Apresenta propriedades medicinais como cicatrizante e expetorante, no entanto as suas partes aéreas são tóxicas (presença de ciclamina).

Família: Proteaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: maio a julho.

Nativa da costa Leste da Austrália. Árvore perenifólia (folha persistente) e com polinização anemófila (pelo vento).

O fruto é do tipo folículo (fruto seco deiscente, com várias sementes que abre apenas de 1 lado).

Espécie com grande facilidade de adaptação e crescimento em diversos tipos de solo e clima; absorve água e nutrientes muito eficazmente devido às suas raízes profundas e proteóides (aglomerados de raízes que crescem muito próximas entre si, longitudinalmente e em torno de um eixo, são mais eficientes).

Utilizada como ornamental em arruamentos, parques e jardins.

Família: Pteridaceae.

Origem: autóctone.

Fase reprodutora: março-abril/junho.

Hemicriptófito (plantas bienais ou perenes, maioritariamente herbáceas, cuja parte aérea morre anualmente ficando a gema de renovo à superfície, geralmente em forma de roseta).

Esta espécie pertence à Divisão Pteridophyta (fetos), não produz flor, nem semente e reproduz-se por esporos.

Encontra-se em locais húmidos e sombrios. Muito utilizada como ornamental.

Apresenta propriedades medicinais e é conhecida na medicina tradicional há milhares de anos.

Família: Ranidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Esta espécie pode estar ativa durante todo o ano, quando as condições são desfavoráveis pode hibernar ou estivar.

A coloração e padrão dorsal é muito variável.

É resistente à poluição e à temperatura da água. As fêmeas são maiores que os machos.

O desenvolvimento larvar pode durar alguns meses; as larvas são designadas por girinos.

É o anfíbio mais comum em Portugal.

Família: Ranunculaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: março a julho.

Hidrófito (planta que vive na água).

No passado, em alguns locais onde era muito abundante, era utilizada como fertilizante das terras.

No inverno esta espécie permanece submersa; as folhas e flores emergem à superfície na primavera.

O nome científico Ranunculus em latim significa rãzita.

Família: Rhamnaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Esta planta está bem-adaptada ao clima seco e quente: folhas coriáceas e ramos que terminam em espinhos.

As suas bagas são venenosas para mamíferos, mas não para as aves.

As suas flores são pequenas e pouco vistosas, mas ricas em néctar que atrai muitos insetos, responsáveis pela polinização.

Espécie resistente ao pastoreio e pisoteio.

Os frutos são utilizados para produção de tintas e corantes.

Família: Rhamnaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Esta planta está bem-adaptada ao clima seco e quente: folhas coriáceas e ramos que terminam em espinhos.

As suas bagas são venenosas para mamíferos, mas não para as aves.

As suas flores são pequenas e pouco vistosas, mas ricas em néctar que atrai muitos insetos, responsáveis pela polinização.

Espécie resistente ao pastoreio e pisoteio.

Os frutos são utilizados para produção de tintas e corantes.

Família: Rhamnaceae.

Origem: Autóctone.

Período de floração: janeiro a abril.

Espécie dióica (flores femininas e masculinas em indivíduos separados).

O fruto é uma drupa (vermelha a preta conforme o grau de maturação), tóxica para os humanos mas muito apreciada pelas aves.

Esta espécie é exclusiva da região Mediterrânica.

Utilizada como ornamental para sebes.

O nome específico “alaternus” refere-se às suas folhas dispostas alternadamente (alternas) nos ramos.

Família: Rosaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a abril.

Árvore caducifólia.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

O seu fruto é um pomo em forma de pera; os frutos não são comestíveis porque são rijos e amargos, no entanto são apreciados por outros mamíferos (coelhos, javalis).

É uma espécie típica do bosque Mediterrâneo geralmente associada a cursos de água.

É utilizada como porta-enxertos.

Família: Rosaceae.

Origem: Autóctone.

Período de floração: maio a agosto.

Arbusto sublenhoso com acúleos (pequenos espinhos) que pode ser encontrado em orlas de bosques , bermas de caminhos e barrancos, preferencialmente em solos húmidos.

Produz um fruto, amora (polidrupa- fruto agregado, proveniente da fecundação de vários carpelos da mesma flor).

Esta espécie é polimorfa (diferentes formas dos folíolos terminais, cor das flores, presença ou não de pelos). Algumas espécies de Rubus apresentam uma reprodução apomítica (formam frutos e sementes sem que ocorra fecundação, é um tipo de reprodução assexuada – a semente é geneticamente idêntica à planta que a originou), por este motivo existem muitas variações a nível geográfico.

Família: Rosaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: outubro a fevereiro.

Nativa do Sudeste da China. O restritivo “japonica” não está relacionado com a sua origem.

Árvore cultivada pelos seus frutos carnudos e comestíveis; é utilizada como ornamental pela sua plasticidade ecológica (tolera a seca, a geada).

O seu fruto é um pomo designado por néspera e consiste num pseudofruto (desenvolvido não a partir do ovário mas de outras peças florais.

Esta espécie foi introduzida na Europa no final do séc XVIII e substituiu a Nespereira-europeia (Mespilus germanica), originária da Pérsia, Médio Oriente e Balcâs.

Família: Rubiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

O caule é áspero devido à presença de acúleos (estruturas espinhosas que não resultam da modificação de caules nem folhas, são projeções do córtex e epiderme e não possuem tecidos vasculares ao contrário dos espinhos).

Espécie presente na Europa, Norte de África e partes da Ásia, introduzida na América do Norte e Austrália.

No século XVII as suas raízes eram utilizadas para produzir um corante vermelho.

Família: Rubiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

Espécie presente na Europa, Norte de África e partes da Ásia, introduzida na América do Norte e Austrália.

No século XVII as suas raízes eram utilizadas para produzir um corante vermelho.

Família: Rubiaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: fevereiro a junho.

Terófito (plantas com ciclo de vida anual que passam a estação desfavorável na forma de semente).

Espécie presente na Europa, Norte de África e partes da Ásia, introduzida na América do Norte e Austrália.

No século XVII as suas raízes eram utilizadas para produzir um corante vermelho.

Família: Rutaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: janeiro a julho.

Caméfito (plantas de pequeno porte lenhosas ou herbáceas, cujas gemas de renovo se situam entre o solo e os 25 cm de altura).

Muito semelhante a R. angustifolia. (difere na inflorescência que é glabra em R. chalepensis e com pelos em R. angustifolia).

É uma das plantas hospedeiras da Borboleta-cauda-de-andorinha (Papilio machaon).

Planta aromática, possui um odor intenso e ligeiramente desagradável, é utilizada como repelente de insetos, como aromatizante de licores, vinhos e na culinária.

Possui propriedades medicinais, entre outras utilizada como vermífuga (apresenta um elevado grau de toxicidade e pode causar irritação quando em contacto com a pele).

Família: Santalaceae.

Origem: Autóctone.

Período de Floração: março a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Hemiparasita (extrai água e sais minerais de outras plantas, mas mantem a capacidade fotossintética, parasitismo parcial).

É uma planta xerófila que habita áreas áridas ou semidesérticas.

As folhas são coriáceas e de pequenas dimensões (para evitar a perda de água), na estação seca podem estar quase ausentes.

Espécie característica da Região Mediterrânica.

Família: Santalaceae.

Origem: Autóctone.

Período de Floração: março a junho.

Fanerófito (plantas geralmente lenhosas, cujas gemas de renovo se situam a mais de 25 cm do solo).

Hemiparasita (extrai água e sais minerais de outras plantas, mas mantem a capacidade fotossintética, parasitismo parcial).

É uma planta xerófila que habita áreas áridas ou semidesérticas.

As folhas são coriáceas e de pequenas dimensões (para evitar a perda de água), na estação seca podem estar quase ausentes.

Espécie característica da Região Mediterrânica.

Família: Sittidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: todo o ano.

Ave residente pertencente à Ordem Passeriformes.

Espécie característica de zonas florestais bem desenvolvidas, especialmente carvalhais e sobreirais (mas também pinhais e parques).

Alimenta-se sobretudo de insetos que captura nos troncos e ramos das árvores, mas também no solo (pode completar a sua dieta com sementes).

Esta espécie tem a capacidade de descer os troncos com a cabeça para baixo.

Família: Smilacaceae.

Origem: Autóctone.

Floração: setembro a novembro.

Trepadeira perene que pode ser encontrada em matos, bosques, sebes.

As folhas e caules podem apresentar acúleos (pequenos espinhos).

As folhas podem apresentar algumas variações na forma e tamanho.

A sua flor liberta um aroma intenso.

Espécie dioica (flores masculinas e femininas em indivíduos separados).

As suas bagas (fruto) são tóxicas para o homem, mas apreciadas por algumas espécies de aves.

Família: Stratomydae.

Origem: Autóctone.

Período mais favorável à observação: primavera e verão.

Os adultos são incapazes de picar e de se alimentar, não sendo por isso considerados patogénicos ou transmissores de doenças a humanos.

As suas larvas alimentam-se de matéria orgânica e recentemente têm sido feitos estudos para a sua utilização no tratamento de desperdícios orgânicos, nomeadamente em países subdesenvolvidos com pobres infraestruturas sanitárias.

Esta espécie utiliza o mimetismo, imitando o tamanho, aparência e cor de uma espécie de vespa.

Desempenha um papel importante no ciclo da matéria, é um decompositor essencial na decomposição de substratos orgânicos e retorno dos nutrientes ao solo.

Família: Tenebrionidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Este inseto pertence à Ordem Coleóptera (asas protetoras), a ordem com maior número de espécies, cerca de 40% de todos os insetos.

Os adultos possuem normalmente asas anteriores endurecidas – élitros, que não servem para voar, mas para proteger o abdómen.

Uma das principais características desta espécie é a cor do pronoto – vermelha; alimenta-se de néctar e pólen e é considerada uma espécie polinizadora.

As espécies da Família Tenebrionidae, são utilizadas em estudos de ADN repetitivo, uma vez que o seu genoma podem ser encontradas grandes quantidades deste ADN especial.

Família: Tenebrionidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Este inseto pertence à Ordem Coleóptera (asas protetoras), a ordem com maior número de espécies, cerca de 40% de todos os insetos.

Os adultos possuem normalmente asas anteriores endurecidas – élitros, que não servem para voar, mas para proteger o abdómen.

Uma das principais características desta espécie é a cor do pronoto – vermelha; alimenta-se de néctar e pólen e é considerada uma espécie polinizadora.

As espécies da Família Tenebrionidae, são utilizadas em estudos de ADN repetitivo, uma vez que o seu genoma podem ser encontradas grandes quantidades deste ADN especial.

Família: Ulmaceae.

Origem: Autóctone.

Período de floração: março a maio.

Árvore caducifólia (de folha caduca). Apesar de ser uma espécie autóctone, apenas existe no estado natural em algumas zonas de Portugal, na região de Monchique é considerada um apófito (planta fora do seu habitat natural por ação humana).

Espécie com elevado requisito de água, cresce em zonas húmidas, na margem de rios ou riachos. Muito utilizada em arruamentos.

Os frutos são comestíveis e a madeira tem múltiplas utilizações.

Da raiz extrai-se um pigmento de cor amarela, outrora utilizado na indústria têxtil.

Tem uma longevidade média de 200 anos.

Família: Verbenaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: todo o ano.

Espécie classificada como invasora em Portugal desde 2019. Nativa da América Central e do Sul.

A dispersão das sementes é por endozoocoria (dispersão por animais, através da ingestão e posterior liberação).

As suas folhas apresentam um aroma pouco agradável.

Espécie de elevada plasticidade ecológica (pode crescer em diversos tipos de habitat e de solo).

Família: Xanthorrhoeaceae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: janeiro a maio.

Geófito (na estação desfavorável apenas subsistem as suas partes subterrâneas - bolbos, rizomas, tubérculos).

O rizoma desta espécie é muito apreciado pelos javalis e antigamente era utilizado no fabrico de cola.

O género Asphodelus tem uma área de distribuição alargada, mas apresenta a sua diversidade máxima na Península Ibérica e Norte de África.

Algumas espécies deste género são de difícil identificação.

Esta espécie encontra-se na Península Ibérica (sul), Canárias e Norte de África.

Reino: Fungi.

Ordem: Agaricales (cogumelos com lâmina).

Família: Hydnangiaceae. Laccaria laccata.

Macrofungo (produzem estruturas reprodutoras macroscópicas). Os cogumelos não têm clorofila (não produzem o seu próprio alimento), muitos decompõem a matéria orgânica obtendo os nutrientes que necessitam e devolvendo outros à natureza, contribuindo assim para a reciclagem dos nutrientes nos ecossistemas.

O cogumelo, é apenas a parte visível e reprodutora de um organismo, a sua parte vegetativa é formada por filamentos muito finos de hifas, designados por micélio. Os fungos são essenciais nos ecossistemas, e podem ser parasitas, saprófitos ou simbióticos.

A Família Hydnangiaceae inclui espécies micorrízicas (simbiose de um fungo com as raízes das plantas) em que os fungos aumentam a superfície de absorção das raízes, deste modo as plantas conseguem absorver mais água e sais minerais e adaptar-se melhor a condições de seca, os fungos por sua vez recebem as moléculas orgânicas que necessitam para sobreviver).

Reino: Fungi.

A palavra “líquene” deriva do grego e significa planta rastejante.

Os líquenes são organismos muito complexos e resultam de uma relação de simbiose (relação biótica de carácter permanente em que todos os organismos envolvidos são beneficiados), entre um fungo e um organismo fotossintético (alga unicelular ou cianobactéria, ou ambos).

O organismo fotossintético, através da fotossíntese produz hidratos de carbono que são absorvidos pelo fungo; o fungo com as suas células, envolve o organismo fotossintético e protege-o da luz intensa, seca e temperaturas elevadas. Esta associação permite a sobrevivência em locais, que de outro modo, teriam condições adversas.

Os líquenes são bons bioindicadores da poluição atmosférica, porque retiram do ar tudo aquilo que necessitam.

A classificação dos líquenes é feita de acordo com a espécie de fungo presente.

Subordem: Oniscidea.

Origem: Autóctone.

Pertence ao Filo Arthropoda, Subfilo Crustacea (deriva do latim e significa carapaça dura).

A Subordem Oniscidea inclui isópodes terrestres conhecidos por bichos-de-conta; em geral vivem em ambientes húmidos.

Têm os sentidos da visão, olfato e audição, pouco desenvolvidos.

Os bichos-de-conta desempenham um papel importante na decomposição da matéria orgânica nos ambientes terrestres; alimentam-se de matéria orgânica em decomposição e transformam-na em nutrientes indispensáveis para a formação do solo.

Podem-se alimentar também de plantas infestantes e outros artrópodes, sendo deste modo importantes na agricultura.

A Capela das Caldas de Monchique, também conhecida como Ermida das Caldas de Monchique ou Capela de Santa Teresa, foi construída em 1940 segundo o projeto de Carlos Rebello de Andrade, tendo a obra sido acompanhada pelo Mestre João Moura.

A capela é consagrada a Santa Teresa e a São João de Deus.

É composta por uma só nave, com uma sacristia à direita e uma capela à cabeceira.

Na fachada principal, possui um óculo, um portal com moldura de cantaria, e um alpendre apoiado sobre pilares e duas colunas.

No interior, podem ser encontrados vários painéis de azulejos do Século XVIII, representando a vida da Santa Teresa.

Outro elemento destacado são as chamadas pombinhas, decorações nos cantos dos telhados, muito comuns entre as casas tradicionais portuguesas, e que na capela das Caldas de Monchique apresentam um desenho original, com o espigão central ladeado por dois enrolamentos em barro.

Este modelo poderá ter sido inspirado num utilizado na Casa Roque Gameiro, na Amadora, construída em 1898, da autoria de Raul Lino.

Foi construída de forma a se integrar no ambiente envolvente, junto ao complexo termal e teve por base a componente geológica circundante e, por isso, observam-se os dois tipos de sienitos que caracterizam o complexo ígneo de Monchique: sienito nefelínico nuclear e de bordo.

A cornija é uma estrutura geológica que resulta de um processo de erosão diferencial das rochas, que gera um segmento de rocha proeminente, muitas vezes em forma de cume, que se destaca das áreas circundantes.

A erosão diferencial ocorre devido às camadas rochosas possuírem composições diferentes e, por isso, diferentes resistências à erosão.

No fim, obtém-se um cume constituído por rochas mais resistentes, suportado por camadas menos resistentes, que dão origem a um talude concavo designado por talus.

Aerogerador que converte a energia eólica em energia elétrica. É considerada uma energia renovável.

Os aerogeradores concentram-se em locais denominados por parques eólicos.

O Parque Eólico de Barão de São João encontra-se no corredor migratório utilizado pelas aves; um dos maiores impactes destes parques é a colisão com aves.

Este parque é monitorizado durante a época de migração, para evitar a colisão com as grandes aves planadoras (Cegonha-preta, Grifo-comum, Águia-cobreira, entre outras).

As Caldas de Monchique, são conhecidas pela riqueza das suas águas e propriedades curativas existentes desde a época da ocupação Romana, de tal modo que tinham a designação de "água sagrada".

Já em 1495, D. João II visitava as Termas para tomar banhos e recuperar da sua doença.

Provenientes de oito nascentes e ricas em bicarbonato, flúor, sílica e sódio, saindo entre os 27° e os 32°C, proporcionam tratamento de problemas respiratórios, digestivos e musculares.

A água proveniente dos solos da Serra de Monchique é bicarbonatada, sódica e rica em flúor. O seu PH de 9.5 é um caso raro de água alcalina no país e, que coloca esta água num patamar especial face a outras fontes naturais em Portugal.

A água de Monchique tem origem nas águas meteóricas infiltradas no topo da elevação da Picota, que constitui a parte oriental da serra de Monchique.

A circulação é favorecida pelas zonas mais alteradas e fraturadas do maciço sienítico e, na zona das Caldas de Monchique, pelos corredores de fracturação originados pela falha do Barranco do Banho.

As águas, no seu percurso no interior do maciço, sofrem aquecimento e reações de interação água-rocha. Em consequência de levantamentos crustais recentes, é provável que haja ascensão de voláteis responsáveis pela sulfuração da água na forma de tiossulfato.

A Água de Monchique é conhecida desde o tempo da presença romana na Península Ibérica, como atestam os vestígios arqueológicos encontrados na região, e as inscrições em latim referindo-se à água de "Mons Cicus" (origem latina de Monchique) como "sagrada".

As propriedades alcalinas desta água são óptimas na prevenção e tratamento de doenças.

As construções mais antigas (anteriores à década de 40 do séc. XX), encontradas no percurso, são em alvenaria de pedra natural (construção de estruturas e de paredes utilizando blocos de rocha normalmente unidos entre si por uma argamassa).

É comum encontrar muros e casas construídas em alvenaria de rochas locais, quer unicamente de sienito (na linguagem utilizada pelos técnicos, alvenaria de foiaíte) quer de uma mistura de grauvaques, xistos argilosos, sienitos, corneanas e até rochas magmáticas básicas.

Os muros próximos das casas na rua das Caldas de Monchique são um dos exemplos da utilização deste tipo de construção.

Este tipo de construção apresenta um inegável valor estético, cultural e de integração urbana, sendo vantajoso a nível da durabilidade potencialmente elevada, da grande inércia térmica e do bom isolamento acústico.

Contudo, atualmente, apresenta desvantagens, que se prendem, essencialmente, com o baixo aproveitamento da área útil devido à elevada espessura exigida às paredes por razões estruturais e construtivas, o elevado custo, tanto do material como da mão de obra, a execução bastante morosa e a cada vez maior dificuldade em garantir mão de obra especializada.

As rochas encaixantes do Complexo Ígneo de Monchique são constituídas pela intercalação de grauvaques e quartzograuvaques com “xistos” argilosos, depositados há cerca de 330-320 milhões de anos sob a forma de um fluxo de massa subaquático (movimento turbidítico).

As rochas (meta)sedimentares presentes constituem a Formação da Brejeira, que corresponde à unidade litoestratigráfica mais recente do Grupo Flysh do Baixo Alentejo.

Dada a sua idade paleozóica, estas foram afetadas por um período de intensa atividade tectónica, no qual se verificou a colisão de todas as placas tectónicas, dando origem ao supercontinente Pangeia.

Este evento tectónico promoveu a reorganização estrutural de toda a Formação da Brejeira, dando origem a uma diversidade de dobras e falhas.

Este vértice geodésico encontra-se no ponto mais alto da Rocha da Pena, a 479 metros acima do mar.

Os vértices geodésicos são estruturas piramidais ou cilíndricas (conforme a ordem a que pertencem) que têm como principal função representar pontos de referência no território, por isso, são posicionados estrategicamente em locais altos e destacados.

Inicialmente, os vértices geodésicos eram posicionados conforme um método de triangulação, baseado na medição de ângulos e distâncias através de instrumentos como os teodolitos e os taqueómetros.

Atualmente, os marcos geodésicos são posicionados com o auxílio de tecnologias avançadas de geodésia e geoposicionamento com o auxílio dos satélites, tais como: Global Navigation Satellite System (GNSS), GNSS em Tempo Real (RTK), Detecção e Variação por Luz e Alcance (LIDAR).

Em Portugal existem cerca de 9 mil vértices geodésicos e encontram-se organizados numa rede geodésica e dividem-se conforme a sua ordem de importância:

1ª ordem: também conhecidos por talefes, apresentam uma forma piramidal com 9 a 10 m de altura e distam entre 30 a 60 km;

2ª ordem: também conhecidos por bolembreanos, apresentam uma estrutura cilíndrica na base e cónica no topo. Quer o cilindro, quer o cone evidenciam uma faixa preta. Estes distam 20 a 30 km entre si;

3ª ordem: também podem ser nomeados por bolembreanos e são bastante idênticos aos de 2ª ordem, sendo a principal diferença a inexistência de uma faixa preta na base cilíndrica e distância entre cada um destes, que pode ser entre 5 a 10 km.

Família: Coenagrionidae.

Origem: Autóctone.

Período favorável à observação: primavera-verão.

Este género inclui as libelinhas mais pequenas encontradas em Portugal. Ordem: Odonata (odous- dentes e gnatha – maxila) os adultos possuem “dentes” fortes nas mandíbulas. Subordem Zygoptera (asas iguais). Conhecidas como libelinhas; quando em repouso mantêm as asas na vertical, fechadas junto ao corpo ou ligeiramente abertas. Nalgumas espécies as fêmeas são polimórficas (apresentam diferentes cores) ou até androcromas (possuem a mesma cor que os machos.

Família: Convolvulaceae.

Origem: Exótica.

Período de floração: junho a novembro.

Espécie classificada como invasora desde 1999. Nativa da região tropical do Centro e Sul da América e África, naturalizada em muitas partes do mundo.

Esta espécie é do mesmo género que a Batata-doce (Ipomoea batatas).

Planta escandente (trepadora). Reproduz-se vegetativamente a partir do caule, que desenvolve facilmente raízes.

Utilizada como ornamental, das suas flores é possível obter um corante natural lilás utilizado em lã e linho.

Planta enteógena (que possui efeitos alteradores da consciência e da percepção) .

Família: Santalaceae.

Origem: Autóctone.

Período de floração: março a junho.

Arbusto dioico (flores femininas e masculinas em indivíduos separados) e hemiparasita (possui raízes sugadoras - haustórios que se ligam ao xilema de outra planta e capturam água e nutrientes, no entanto necessita de realizar a fotossíntese).

O nome genérico “Osyris” deriva do grego e significa ramificado, referindo-se ao aspecto da planta, muito ramificada e o nome específico “lanceolata” refere-se à forma das suas folhas.

Os frutos são apreciados pelas aves.

Contém óleos essenciais, as raízes e a madeira são utilizadas no fabrico de cosméticos e perfumes.

Formações vegetais formadas por comunidades arbustivas e subarbustivas densas e que resultam da degradação de formações florestais; a altura das formações vegetais pode variar bastante (matos baixos ou matos altos).

São formadas principalmente por espécies da família das ericáceas e das cistáceas.

Constituem um habitat heterogéneo, com comunidades arbustivas que apresentam estratégias adaptativas diversas.

De acordo com a sua localização e características do solo, as comunidades vegetais que aí se podem encontrar variam bastante. Neste tipo de formações é também possível encontrar muitas herbáceas.

Muitas vezes os vales não são gerados apenas pela contínua ação e desgaste da escorrência de água. Podem, também, ter origem em falhas, que é o caso da zona da Ribeira do Banho.

Nesta zona é possível observar o vale de fratura profundamente encaixado, modelado pela falha do Barranco do Banho, de orientação NNW-SSW.

É através desta zona de falha que a água emerge, dando origem às águas hidrotermais das Caldas de Monchique.

No clima Mediterrânico, os invernos chuvosos permitem uma grande produtividade das plantas (acumulação de combustível), os verões quentes e secos, quando existe grande quantidade de combustível, aumentam a probabilidade de risco de incêndio.

O fogo é, desde longa data, um elemento modelador da flora nativa desta região; muitas espécies apresentam características para sobreviver após o fogo (rebentação dos órgãos subterrâneos, germinação das sementes), como é o caso do Sobreiro ou da Esteva.

Nas últimas décadas, o número e área ardida tem vindo a aumentar.

A presença de algumas espécies resinosas, como é o caso dos pinheiros e das acácias, mais facilmente inflamáveis, pode ser responsável por este aumento, juntamente com a seca e temperaturas elevadas.

As acácias são espécies de grande capacidade regenerativa e rebentam facilmente de touça.

A prevenção de incêndios inclui a criação de aceiros ou faixas de gestão de combustíveis que consistem em descontinuidades na estrutura das formações vegetais com o objetivo de impedir a propagação de incêndios.

Nas últimas décadas, o número e área ardida tem vindo a aumentar.

No planalto da Rocha da Pena é possível ver um grande amontoado de pedras que se estende por 400 metros.

Pensa-se que este amuralhamento remonte à Idade do Ferro .

Inicialmente existiriam 2 amuralhamentos, mas um deles desapareceu por entre a vegetação.

Estes amuralhamentos deverão ter tido grande importância na altura da sua construção, pois o acesso ao topo da Rocha da Pena fazia-se apenas pela encosta oeste (atual Aldeia da Penina) e portanto permitiam bloquear a passagem.

Mais tarde, durante a reconquista de Portugal pelo Rei Cristão D. Afonso III aos Mouros, estes últimos terão utilizado o muro para se refugiarem no planalto da Rocha da Pena e abrigaram-se numa gruta. Esta gruta ficou conhecida até aos dias de hoje como Algar dos Mouros.

O Complexo Alcalino de Monchique corresponde a um maciço ígneo intrusivo, de forma aproximadamente elíptica com 15 km de comprimento e orientação E-W.

A Formação da Brejeira possui diversas falhas profundas herdadas desde a origem da Pangeia.

Ao longo dessas falhas, há 70 - 74 milhões de anos, iniciaram-se os primeiros pulsos (subidas) de magmas máficos (ricos em minerais escuros), a partir de uma câmara magmática situada na parte superior do manto terrestre, que deram origem às rochas ultrabásicas, básicas e intermédias, as primeiras rochas do Complexo Alcalino de Monchique.

Seguiram-se novos pulsos de magmas sieníticos que originaram a unidade de sienito heterogéneo de bordo. Os sucessivos pulsos magmáticos conduziram também à formação de filões de rochas magmáticas de composição variável (que intersetam as rochas do maciço de Monchique e a própria Formação da Brejeira).

No final dá-se, através de um único pulso, a ascensão do magma residual da câmara magmática, instalou-se, numa posição central, o sienito mais homogéneo e rico em nefelina.

Esta unidade de sienito nefelínico nuclear corta todas as formações rochosas anteriores e oculta as falhas que serviram de condutas para os magmas.

O Maciço de Monchique ao estar em contacto com a superfície fica sujeito aos processos de alteração (meteorização) física e química das rochas que o constituem.

Nalguns locais é bastante evidente a alteração química do sienito, nomeadamente a nível da nefelina e dos feldspatos alcalinos.

Adicionalmente, a face alterada do sienito nefelínico tende a mudar de cor, ficando mais escura.

Nesta imagem é possível observar as diferenças entre um face alterada (mais escura) e face fresca (sem alteração).

O Maciço de Monchique, ao intruir as rochas sedimentares encaixantes da Formação Brejeira (grauvaques), provocou uma auréola de metamorfismo de contacto devido às altas temperaturas a que se encontrava o magma (entre 800 e 1000°C), gerando uma rocha metamórfica designada por corneana.

Esta designação advém de ser “dura que nem cornos”. É tão dura que ao ser atingida por um martelo produz faísca.

Nesta paragem observam-se diversos buracos, estes correspondem a furos de sondagem que têm como finalidade estudar a geoquímica desta rocha.

Ordem: Diptera (o nome “díptera”, deriva do grego e significa di – duas e ptera- asas), ao contrário da maior parte dos insetos este grupo possui apenas 1 par de asas de voo, o outro par são asas modificadas designadas por balancetes (ajudam no controlo e equilíbrio do voo).

A Subordem Brachycera (moscas, moscardos, moscas da fruta) caracteriza-se pela redução ou fusão dos segmentos das antenas e do aparelho bucal das larvas.

Os adultos são rápidos voadores e com antenas pequenas.

O seu ciclo de vida inclui 4 fases: ovo, larva, pupa e adulto; a maior parte das larvas são predadoras, mas existem algumas parasitas.

As moscas possuem uma visão panorâmica (360°), não possuem boca, mas uma espécie de tubo que injeta saliva nos alimentos e depois suga.

Os cubos da calçada que se observam nas ruas das Caldas são de sienito nefelínico.

Neste sienito é possível observar as características principais do sienito nefelínico nuclear – tamanho dos cristais relativamente constante (bastante homogéneo), cristais bem desenvolvidos (textura grosseira) e elevada percentagem do mineral que lhe dá o nome, a nefelina.

São, ainda, facilmente identificáveis alguns dos principais minerais – feldspatos alcalinos (mais claros), nefelina (acastanhados) e outros mais escuros, como as piroxenas e a biotite.

Alguns cubos da calçada apresentam faixas de uma rocha negra, que correspondem a filões de rochas básicas magmáticas que intersetam os sienitos.

Unidade com uma posição relativamente central, constituída por sienito nefelínico com cristais bem desenvolvidos (textura grosseira) e de dimensões mais ou menos constantes (homogéneo).

É constituído por feldspatos alcalinos, nefelina (20%-40%), piroxenas, biotite e esfena.

Corresponde, historicamente, ao termo "foiaito", cujo uso tende a cair em desuso.

Unidade que forma um anel exterior descontínuo em redor do sienito nuclear.

Constituída por sienito nefelínico com características heterogéneas tanto a nível da composição mineralógica como das dimensões, forma e arranjo dos cristais, apresentando-se com menor percentagem de nefelina (normalmente, menos de 10%, embora pontualmente possa atingir os 20%) mas mais rico em piroxenas, biotite, esfena e minerais opacos.

Corresponde, historicamente, ao termo "pulasquito", cujo uso tende a cair em desuso.

A natureza carbonatada que constitui a base das arribas de muitas praias do Algarve, torna-as bastante instáveis e muito sensíveis à constante erosão costeira.

Esta erosão aliada à gravidade provoca a instabilidade das arribas, e não é raro encontrar blocos caídos.

Existem ainda outros fatores que promovem a instabilidade das arribas, nomeadamente a presença de lençóis freáticos (reserva subterrânea de águas provenientes das chuvas) e cavidades cársicas que podem levar a desmoronamentos ou queda de blocos.

A natureza carbonatada que constitui a base das arribas de muitas praias do Algarve, torna-as bastante instáveis e muito sensíveis à constante erosão costeira.

Esta erosão aliada à gravidade provoca a instabilidade das arribas, e não é raro encontrar blocos caídos.

As rochas sedimentares aflorantes pertencem ao Cretácico inferior e correspondem a rochas carbonatadas (margas, dolomitos e calcários), datando cerca de, pelo menos, 125 milhões de anos.

Estas rochas depositaram-se em zonas com características de grande confinamento, até mesmo lagunar.

Esta formação provavelmente ter-se-á depositado nas vizinhanças de uma zona intertidal, de baixa energia.

Observa-se um trilho constituído por oito pegadas bem visíveis muito alinhadas, com um sentido de progressão de SW para NE.

As pegadas apresentam impressões de três dedos largos, robustos, curtos com terminação arredondada em forma de U, o que indica a ausência de garras afiadas.

A pista também sugere um movimento muito lento, permitindo inferir que uma pata seria colocada quase à frente da outra, a uma curta distância, praticamente em linha recta.

Estas pegadas pertencem a um grupo subordem de dinossauros herbívoros, designada por Ornitópodes.

Neste caso em particular, a espécie que gerou estas pegadas foi um Iguanodontídeo.

O dinossauro tinha uma locomoção bípede e rodava a anca para poder colocar uma pata praticamente à frente da outra.

Estas pegadas medem cerca de 50 cm, desde a base do dedo do meio até à ponta .

Assim, é possível calcular a altura da pata posterior deste dinossauro, desde a base da pata até à anca, o que neste caso seriam cerca de 2 m.

O estado de conservação das pegadas é muito variável, devido à constante abrasão marinha ou, consoante a altura do ano, devido à presença de algas sobre a rocha.

Observam-se pegadas de dinossauros com um estado de preservação muito precário e, por isso, são difíceis de reconhecer.

Existem 6 pegadas, tridáctilas, com os dedos finos e compridos.

Estas pegadas pertencem pertencem ao grupo dos terópodes, que são dinossauros carnívoros.

Estas pegadas não estão alinhadas num trilho.

A Praia da Salema destaca-se pela presença de pegadas de dinossauros fossilizadas.

Ao deslocarmo-nos para o lado Oeste da praia deparamo-nos com um pequeno afloramento quase na horizontal constituído por uma rocha calcária arenítica fina, de tons amarelos.

Neste observa-se uma pista formada por algumas pegadas de um dinossauro herbívoro. Estas pegadas apresentam um estado de conservação variado.

Para Este existem outras pegadas, mais difíceis de ver, que pertencem a um dinossauro carnívoro.

Nesta praia é possível ainda ver icnofósseis de gastrópodes.

A praia da Salema é também um excelente mostruário do ponto de vista estrutural e tectónico.